DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120242301273247
Resumo:
Objetivo:
Quantificar o tempo decorrido entre a chegada do paciente com trauma
cirúrgico na coluna vertebral ao pronto-socorro e a realização da
intervenção cirúrgica, analisando os fatores que podem ter influenciado
neste tempo.
Métodos:
Estudo retrospectivo que incluiu indivíduos de ambos os sexos com faixa
etária de 18 a 100 anos que deram entrada em um pronto-socorro terciário
referência em trauma, apresentando fraturas cirúrgicas na coluna vertebral.
Foram incluídos na amostra os pacientes atendidos entre março de 2018 até
março de 2022. Todos os dados para compor a amostra do estudo foram
coletados a partir de fontes secundárias de dados (prontuário médico).
Resultados:
Foram avaliados prontuários de 259 pacientes com lesões na coluna.
Aproximadamente um terço dos pacientes realizaram cirurgia entre 13hs e 24hs
e outro terço acima de 72hs. Somente 6,6% foram operados em até de 12hs. A
média de tempo para realização da intervenção cirúrgica foi de 84,3 ± 144,6
horas sendo que para a maioria dos pacientes (59,1%) a intervenção ocorreu
nas primeiras 48 horas. Os pacientes com hipertensão arterial sistêmica e
pacientes com pelo menos uma comorbidade tiveram um tempo médio de espera
até a intervenção cirúrgica estatisticamente maior do que os pacientes que
não possuíam essas características.
Conclusão:
Conclui-se que a maioria das intervenções cirúrgicas ocorreram nas primeiras
48h, dentro do que se considera precoce. Além disso, alguns fatores como
existência de comorbidades estão diretamente associados ao tempo que se leva
para a realização do procedimento cirúrgico.
ABSTRACT
Objective:
Quantify the time elapsed between the arrival of the patient with surgical
trauma in the spine at the emergency room and the completion of the surgical
procedure, analyzing the factors that may have influenced this process.
Methods:
Retrospective study that included individuals of both sexes aged between 18
and 100 years who arrived at a tertiary trauma center with surgical
fractures in the spine. Patients treated between March 2018 and March 2022
were included in the sample. All data to compose the study sample were
collected from secondary data sources (medical records).
Results:
Medical records of 259 patients with spinal injuries were evaluated.
Approximately one-third of the patients were operated on between 13h and
24h, and the other third over 72h. Only 6.6% were operated within 12 hours.
The mean time to perform the surgical process was 84.3 ± 144.6 hours.
Surgical intervention for most patients (59.1%) occurred within the first 48
hours. Patients with systemic arterial hypertension and patients with at
least one comorbidity had a statistically longer mean waiting time for the
surgical procedure than patients who did not have these characteristics.
Conclusion:
Most surgical interventions occurred in the first 48 hours, which is
considered early. In addition, some factors, such as the existence of
comorbidities, are directly associated with the time it takes to perform the
surgical procedure.
Resumen:
Objetivo:
Cuantificar el tiempo transcurrido entre la llegada del paciente con
traumatismo quirúrgico en la columna a urgencias y la del procedimiento
quirúrgico, analizando los factores que pueden haber influido en
finalización este proceso.
Métodos:
Estudio retrospectivo que incluyó individuos de ambos sexos con edades entre
18 y 100 años que llegaron a un centro traumatológico de tercer nivel con
fracturas quirúrgicas en la columna vertebral. Se incluyeron en la muestra
los pacientes atendidos entre marzo de 2018 y marzo de 2022. Todos los datos
para componer la muestra del estudio fueron recolectados de fuentes de datos
secundarias (historias clínicas).
Resultados:
Se evaluaron las historias clínicas de 259 pacientes con lesiones medulares.
Aproximadamente un tercio de los pacientes fueron operados entre las 13 y
las 24 horas y el otro tercio sobre las 72 horas. Solo el 6,6% fueron
operados dentro de las 12 horas. El tiempo medio para realizar el proceso
quirúrgico fue de 84,3 ± 144,6 horas. La intervención quirúrgica para la
mayoría de los pacientes (59,1%) ocurrió dentro de las primeras 48 horas.
Los pacientes con hipertensión arterial sistémica y pacientes con al menos
una comorbilidad tuvieron un tiempo medio de espera para el procedimiento
quirúrgico estadísticamente mayor que los pacientes que no presentaban estas
características.
Conclusión:
Se concluye que la mayoría de las intervenciones quirúrgicas ocurrieron en
las primeras 48 horas, dentro de lo que se considera precoz. Además, algunos
factores como la existencia de comorbilidades están directamente asociados
al tiempo de realización del procedimiento quirúrgico.