Alderico Girão Campos de Barros , Luiz Felippe Mokdeci Martins de Oliveira , Ana Carolina Leal , João Antônio Matheus Guimarães , Luis Eduardo Carelli Teixeira da Silva
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120222104265776
RESUMO
Objetivo:
Avaliar as indicações cirúrgicas, dados epidemiológicos, desfechos
radiográficos e complicações pós operatórias de uma série de 16 casos de
fraturas complexas envelhecidas do sacro tratadas através das técnicas de
fixação espinopélvica bilateral (FEP) ou osteossíntese triangular (OT) em um
serviço de referência de casos complexos de traumatologia e ortopedia.
Métodos:
estudo longitudinal, baseado na revisão retrospectiva de prontuários de
pacientes com fraturas complexas do sacro, admitidos entre 2014 e 2020.
Foram incluídos todos os pacientes acima de 18 anos cujo tempo de evolução
entre o trauma e o procedimento cirúrgico foi maior ou igual a três
semanas.
Resultados:
A média de idade foi de 39,8 anos (18 a 71 anos). As lesões do anel pélvico
anterior representaram a associação mais comum, presentes em 12 (75%) casos.
Em 8 (50%) casos não ocorreu lesão neurológica, 1 (6,2%) indivíduo evoluiu
com parestesia, 2 (12,5%) com paresia nos membros inferiores e 5 (31,3%) com
disfunções esfincterianas. Entre os pacientes com comprometimento
neurológico, 4 (50%) evoluíram com melhora completa, 2 (25%) apresentaram
melhora parcial e 2 (25%) casos permaneceram com o déficit. O tempo médio
cirúrgico foi 3,6 horas para OT e 4,9 horas para FEP. Ocorreram complicações
pós-operatórias em 4 (44,4%) pacientes que realizaram FEP e não houve
complicações pós-operatórias no grupo submetido a OT.
Conclusões:
O manejo cirúrgico dessas lesões por meio da OT e FEP se mostrou seguro e
eficaz. O seguimento mínimo foi de 12 meses e todos os indivíduos analisados
apresentaram boa evolução. Nível de evidência IV; série de casos.
ABSTRACT
Objective:
Evaluate the surgical indications, epidemiological data, radiographic
outcomes, and postoperative complications of 16 cases of aged complex sacral
fractures treated using bilateral spinopelvic fixation (PEF) or triangular
osteosynthesis (OT) techniques in a case referral service. Traumatology and
orthopedics complexes.
Methods:
A longitudinal study based on a retrospective review of patients’ medical
records with complex sacral fractures admitted between 2014 and 2020. All
patients over 18 years of age whose time of evolution between the trauma and
the surgical procedure was greater than or equal to three weeks were
included.
Results:
The mean age was 39.8 years (18 to 71). Anterior pelvic ring injuries
represented the most common association, present in 12 (75%) cases. In 8
(50%) cases, there was no neurological injury, 1 (6.2%) individual evolved
with paresthesia, 2 (12.5%) with paresis in the lower limbs, and 5 (31.3%)
with sphincter dysfunctions. Among the patients with neurological
impairment, 4 (50%) evolved with complete improvement, 2 (25%) showed
partial improvement, and 2 (25%) cases remained with the deficit. The mean
surgical time was 3.6 hours for OT and 4.9 hours for FEP. Postoperative
complications occurred in 4 (44.4%) patients who underwent PEF, and there
were no postoperative complications in the OT group.
Conclusions:
The surgical management of these lesions using OT and FEP proved safe and
effective. The minimum follow-up was 12 months, and all the individuals
analyzed showed good evolution.
Resumen
Objetivo:
Evaluar las indicaciones quirúrgicas, datos epidemiológicos, resultados
radiográficos y complicaciones postoperatorias de una serie de 16 casos de
fracturas de sacro envejecidas y complejas tratadas mediante las técnicas de
fijación espino pélvica bilateral (FEP) u osteosíntesis triangular (OT) en
un servicio de referencia de traumatología y ortopedia.
Métodos:
estudio longitudinal, basado en una revisión retrospectiva de expedientes
clínicos de los pacientes con fracturas sacras complejas ingresados entre
2014 y 2020. Se incluyeron en el estudio todos los pacientes mayores de 18
años cuyo tiempo de evolución entre el trauma y el procedimiento quirúrgico
fue mayor o igual a tres semanas.
Resultados:
La edad promedio fue de 39,8 años (18 a 71 años). Las lesiones anteriores del
anillo pélvico representaron la asociación más frecuente, presente en 12
(75%) casos. En 8 (50%) casos no hubo lesión neurológica, 1 (6,2%)
evolucionó con parestesia, 2 (12,5%) con paresia en miembros inferiores y 5
(31,3%) con disfunción esfinteriana. Entre los pacientes con deterioro
neurológico, 4 (50%) evolucionaron con mejoría completa, 2 (25%) mostraron
mejoría parcial y 2 (25%) casos permanecieron con déficit. El tiempo
quirúrgico promedio fue de 3,6 horas para OT y de 4,9 horas para FEP. Las
complicaciones postoperatorias ocurrieron en 4 (44,4%) pacientes que se
sometieron a FEP y no hubo complicaciones postoperatorias en el grupo
OT.
Conclusiones:
El manejo quirúrgico de estas lesiones mediante OT y FEP demostró ser seguro
y efectivo. El seguimiento mínimo fue de 12 meses y todos los individuos
analizados mostraron una buena evolución. Nivel de evidencia IV; Series de
casos.