RESUMO
Introdução:
A lombalgia tem alta prevalência e impacto na qualidade de vida. A prática de
musculação vem sendo estudada como tratamento conservador que auxilia na
redução da dor, porém ainda subutilizada e associada, muitas vezes, à piora
da patologia.
Objetivo:
O objetivo do estudo é descrever a prevalência de doenças da coluna vertebral
em praticantes de musculação e observar o grau de melhora percebido com a
prática da mesma.
Métodos:
Foi realizado um estudo transversal, numa academia no interior do Rio Grande
do Sul. A amostra considerou 40 participantes, de ambos os gêneros e
escolhidos aleatoriamente. Foram incluídos praticantes de musculação há mais
de 6 meses e maiores de 18 anos. Foi utilizado questionário sociodemográfico
e clínico para análise de características individuais dos participantes e a
escala analógica da dor (EVA) para comparar a dor pré e pós musculação.
Resultados:
Dos participantes do estudo 62,5% não tinha patologias na coluna vertebral
contra 37,5% (p-valor = 0,025). A principal patologia apresentada foi a
lombalgia com 40,0% dos casos, mas que não é estatisticamente diferente dos
33,3% com escoliose/cifose/lordose (p-valor = 0,705), nem dos 13,3% com
hérnia de disco (p-valor = 0,099). Na análise geral da EVA, a nota dada para
dor pré musculação foi de 5,73 e pós 2,27 (p-valor = 0,001).
Conclusão:
A prática de musculação quando adequada, é uma ferramenta que pode auxiliar
na melhora da dor referida em pacientes com patologia da coluna vertebral.
Nível de Evidência III; Estudo retrospectivo comparativo.
ABSTRACT
Introduction:
Low back pain has a high prevalence, impacting the quality of life.
Bodybuilding has been studied as a conservative treatment that helps reduce
pain, but it is still underused and often associated with worsening the
pathology.
Objective:
The objective of the study is to describe the prevalence of spinal diseases
in bodybuilders and observe the degree of perceived improvement with the
practice of the same.
Methods:
A cross-sectional study was carried out in a gym in the interior of Rio
Grande do Sul. The sample considered 40 participants of both genders and was
randomly chosen. Bodybuilding practitioners were included for more than six
months and those over 18 years of age. A sociodemographic and clinical
experiment was used to analyze the individual characteristics of the
participants, and an analog pain scale (VAS) was used to compare pain before
and after bodybuilding.
Results:
Of the study participants, 62.5% had no spinal pathologies against 37.5%
(p-value = 0.025). The main pathology was low back pain in 40.0% of the
cases, but that is not statistically different from the 33.3% with
scoliosis/kyphosis/lordosis (p-value = 0.705), nor the 13.3% with disc
herniation (p-value = 0.099). In the general analysis of the VAS, the score
given for pain before bodybuilding was 5.73, and after 2.27 (p-value =
0.001).
Conclusion:
The practice of bodybuilding, when appropriate, is a tool that can help
improve referred pain in patients with spinal pathology.
Resumen
Introdución:
El dolor lumbar tiene una alta prevalencia que impacta en la calidad de vida.
La práctica de musculación se ha estudiado como un tratamiento conservador
que ayuda a disminuir el dolor, pero aún está infrautilizada y muchas veces
asociada a un empeoramiento de la patología.
Objetivo:
El objetivo del estudio es describir la prevalencia de enfermedades de la
columna en fisicoculturistas y observar el grado de mejora percibido con la
práctica.
Métodos:
Se realizó un estudio transversal en un gimnasio del interior de Rio Grande
do Sul. La muestra consideró 40 participantes, de ambos sexos y elegidos
aleatoriamente. Se incluyeron practicantes de musculación con más de 6 meses
y mayores de 18 años. Se utilizó un cuestionario sociodemográfico y clínico
para analizar las características individuales de los participantes y la
escala analógica del dolor (EVA) para comparar el dolor antes y después del
culturismo.
Resultados:
De los participantes del estudio, 62,5% no tenía patologías de la columna
contra 37,5% (valor de p = 0,025). La principal patología presentada fue la
lumbalgia con 40,0% de los casos, pero que no difiere estadísticamente del
33,3% con escoliosis/cifosis/lordosis (p-valor = 0,705), ni del 13,3% con
hernia discal (p-valor = 0,099). En el análisis general de EVA, la
puntuación dada para el dolor antes del culturismo fue de 5,73 y después de
2,27 (p-valor = 0,001).
Conclusión:
La práctica de la musculación, cuando es adecuada, es una herramienta que
puede ayudar a mejorar el dolor referido en pacientes con patología de
columna. Nivel de Evidencia III; Estudio retrospectivo comparativo.