Coluna / Columna v.19, n.1 /2020

ARTIGO ORIGINAL

PREVALÊNCIA E MANEJO DA MERALGIA PARESTÉSICA REFRATÁRIA EM CIRURGIA DE COLUNA LOMBAR: EXPERIÊNCIA DE CINCO ANOS


PREVALENCE AND MANAGEMENT OF REFRACTORY MERALGIA PARESTHETICA IN LUMBAR SPINE SURGERY: 5 YEARS OF EXPERIENCE


PREVALENCIA Y MANEJO DE LA MERALGIA PARESTÉSICA REFRACTARIA EN CIRUGÍA DE COLUMNA LUMBAR: EXPERIENCIA DE 5 AÑOS


JOSE AUGUSTO MALHEIROS1 , CELIA MARIA DE OLIVEIRA4 , ALUIZIO AUGUSTO ARANTES1 , JONAS SOARES SILVA SANTOS3 , SEBASTIÃO NATANAEL SILVA GUSMÃO1


DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120201901197184



RESUMO

Objetivo
O objetivo do presente estudo consiste em relatar a experiência de cinco anos no reconhecimento e manejo da meralgia parestésica (MP) refratária em pacientes submetidos a cirurgias lombares por via posterior.

Métodos
Pacientes submetidos a procedimentos na coluna lombar, no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2015, em três diferentes centros hospitalares de Belo Horizonte/MG, foram selecionados para avaliação do desenvolvimento da MP pós-operatória. Estudo prospectivo observacional com série de casos comparativos. Nível III de evidência. Avaliação dos seguintes parâmetros: tipo de suporte para o paciente, tempo de cirurgia, índice de massa corporal.

Resultados
Foram feitas 367 cirurgias por via posterior da coluna lombar para patologias degenerativas da coluna lombar. A MP foi observada em 81 pacientes (22%). Em 65 pacientes (80%), houve resolução completa dos sintomas com manejo conservador (medidas locais e medicamentos para dor neuropática) em menos de dois meses. Doze pacientes melhoraram através de infiltração com corticoide de depósito e anestésico no local no ligamento inguinal e, em quatro pacientes houve necessidade de procedimento cirúrgico no terceiro mês. O suporte pneumático foi o menos envolvido no desenvolvimento da MP, assim como o tempo cirúrgico <1h e índice de massa corporal <25.

Conclusão
A MP refratária pode ocorrer em pacientes submetidos a cirurgias na coluna lombar por via posterior. O manejo inclui medidas locais, medicamentos para dor neuropática e infiltração com corticoide no ligamento inguinal. A cirurgia descompressiva está reservada para os raros casos refratários. Nível de evidência III; Estudo prospectivo observacional com série de casos comparativos.


Palavras-chave: Meralgia Parestésica,Compressão de Nervo Cutâneo Lateral da Coxa,Região Lombossacral,Lombalgia,Cirurgia

ABSTRACT

Objective
The objective of our study was to report 5 years of experience in the recognition and management of refractory meralgia paresthetica (MP) in patients who had undergone posterior approach lumbar surgery.

Methods
Patients who were submitted to procedures in the lumbar spine from January 2010 to January 2015 in three different hospital centers in Belo Horizonte/MG were selected for an evaluation of the postoperative development of MP. A prospective observational comparative case series study. Level of evidence III. Evaluation of the following parameters: type of support for the patient, surgical time, body mass index.

Results
367 posterior approach lumbar spine surgeries for degenerative pathologies of the lumbar spine were performed. MP was observed in 81 patients (22%). In 65 of those patients (80%), there was complete resolution of the symptoms with conservative management (local measures and medications for neuropathic pain) in less than two months. Twelve patients improved with a corticosteroid depot injection in the inguinal ligament and four patients required a surgical procedure in the third month. Pneumatic support was the least involved in the development of MP, as well as surgical time <1h and body mass index <25.

Conclusion
Refractory MP may occur in patients submitted to posterior approach lumbar spine surgeries. Management includes local measures, medications for neuropathic pain, and corticosteroid injection in the inguinal ligament. Decompression surgery is reserved for rare refractory cases


Keywords: Meralgia Paresthetica,Lateral Femoral Cutaneous Nerve Entrapment,Lumbosacral Region,Low Back Pain,Surgery

Resumen

Objetivo
El objetivo del presente estudio consiste en relatar la experiencia de 5 años en el reconocimiento y manejo de la meralgia parestésica (MP) refractaria en pacientes sometidos a cirugías lumbares por vía posterior.

Métodos
Pacientes sometidos a procedimientos en la columna lumbar, en el período de enero de 2010 a enero de 2015, en tres diferentes centros hospitalarios de Belo Horizonte/MG, fueron seleccionados para evaluación del desarrollo de la MP postoperatoria. Estudio prospectivo observacional con serie de casos comparativos. Nivel III de evidencia. Evaluación de los siguientes parámetros: tipo de soporte para el paciente, tiempo de cirugía, índice de masa corporal.

Resultados
Se realizaron 367 cirugías por vía posterior de la columna lumbar para patologías degenerativas de la columna lumbar. La MP fue observada en 81 pacientes (22%). En 65 pacientes (80%) hubo resolución completa de los síntomas con manejo conservador (medidas locales y medicamentos para el dolor neuropático) en menos de 2 meses. Doce pacientes mejoraron a través de infiltración de corticoide de depósito y anestésico en el local en el ligamento inguinal y, en cuatro pacientes, hubo necesidad de procedimiento quirúrgico en el tercer mes. El soporte neumático fue el menos involucrado en el desarrollo de la MP, así como el tiempo quirúrgico <1h e índice de masa corporal <25.

Conclusión
La MP refractaria puede ocurrir en pacientes sometidos a cirugías en la columna lumbar por vía posterior. El manejo incluye medidas locales, medicamentos para el dolor neuropático e infiltración con corticoide en el ligamento inguinal. La cirugía descompresiva está reservada para los raros casos refractarios. Nivel de evidencia III; Estudio prospectivo observacional con serie de casos comparativos.


Palavras-chave: Meralga Parestésica,Nervio Cutáneo Lateral Femoral,Región Lumbosacra,Dolor de la Región Lumbar,Cirugía






Indexadores