DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120222102261930
Resumo:
Objetivo:
Comparar a qualidade de vida de pacientes com fusões mais longas com a dos
que têm fusões curtas após dois anos de cirurgia.
Métodos:
Estudo retrospectivo do tipo coorte (Nível de evidência III) que envolveu
pacientes com escoliose idiopática do adolescente submetidos à fusão
espinhal posterior com parafusos pediculares com acompanhamento de dois
anos. O desfecho primário foi a qualidade de vida avaliada pelo questionário
SRS-30. Os participantes foram divididos de acordo com Lenke e
estratificados em fusões maiores (Lenke 3 e Lenke 6) e menores (Lenke 1 e
Lenke 5).
Resultados:
Foram avaliados 41 pacientes: Lenke 1 (17 pacientes), Lenke 3 (15 pacientes),
Lenke 5 (três pacientes) e Lenke 6 (seis pacientes), sendo 34 mulheres, com
média de idade de 13,8 anos e médias dos ângulos de Cobb pré-operatório de
56,48 graus, pós-operatório de 10,49 graus e diminuição cirúrgica do Cobb de
45,54 graus. Todos os pacientes da amostra apresentaram melhora global da
qualidade de vida depois da cirurgia (p < 0,0001). Não houve diferença
entre os grupos A (fusões longas) e B (fusões curtas) com relação aos
domínios em geral (p > 0,05). Apesar da melhora da dor na amostra geral,
observou-se que isso ocorreu em detrimento do grupo com curvas duplas
estruturadas e fusões mais longas (p = 0,03).
Conclusões:
Não foi observada diferença na qualidade de vida entre pacientes com fusões
longas e curtas em dois anos de acompanhamento.
ABSTRACT
Objective:
To compare quality of life in patients with longer fusions with that of those
who have short fusions 2 years of after surgery.
Methods:
This is a retrospective comparative cohort study (Level of Evidence III)
involving patients with adolescent idiopathic scoliosis who underwent
posterior spinal fusion with pedicle screws with a 2-year follow-up. The
primary outcome was quality of life assessed using the SRS-30 questionnaire.
Participants were divided according to Lenke and stratified into those with
major (Lenke 3 and Lenke 6) and minor (Lenke 1 and Lenke 5) fusions.
Results:
Forty-one patients, 34 of whom were women, were evaluated: Lenke 1 (17
patients), Lenke 3 (15 patients), Lenke 5 (3 patients), and Lenke 6 (6
patients). The mean age was 13.8 years, the mean preoperative and
postoperative Cobb angles were 56.48 degrees and 10.49 degrees,
respectively, and the mean surgical Cobb reduction was 45.54 degrees. All
patients in the sample showed an overall improvement in quality of life
after surgery (p<0.0001). There was no difference between groups A (long
fusions) and B (short fusions) in relation to the domains in general
(p>0.05). Although pain was improved in the overall sample, this was not
the case for the group with structured double curves and longer fusions (p =
0.03).
Conclusion:
There was no difference in quality of life between patients with long and
short fusions with a 2-year follow-up.
Resumen:
Objetivo:
Comparar la calidad de vida en pacientes con fusiones más largas con las de
aquellos con fusiones cortas después de 2 años de cirugía.
Métodos:
Estudio de cohorte retrospectivo (nivel de evidencia III) que incluye a
pacientes con escoliosis idiopática del adolescente sometidos a fusión
vertebral posterior con tornillos pediculares con un seguimiento de 2 años.
El resultado primario fue la calidad de vida evaluada por el cuestionario
SRS-30. Los participantes fueron divididos según Lenke y estratificados en
fusiones mayores (Lenke 3 y Lenke 6) y menores (Lenke 1 y Lenke 5).
Resultados:
Se evaluaron 41 pacientes: Lenke 1 (17 pacientes), Lenke 3 (15 pacientes),
Lenke 5 (3 pacientes) y Lenke 6 (6 pacientes), un total de 34 mujeres con
edad media de 13,8 años y media de ángulos de Cobb preoperatorio de 56,48
grados, postoperatorio de 10,49 grados y disminución quirúrgica de Cobb de
45,54 grados. Todos los pacientes de la muestra presentaron una mejoría
global de la calidad de vida tras la cirugía (p<0,0001). No hubo
diferencias entre los grupos A (fusiones largas) y B (fusiones cortas)
respecto a los dominios en general (p>0,05). A pesar de la mejora del
dolor en la muestra general, se observó que ésta se produjo en detrimento
del grupo con curvas dobles estructuradas y fusiones más largas (p =
0,03).
Conclusiones:
No se observaron diferencias en la calidad de vida entre los pacientes con
fusiones largas y cortas tras 2 años de seguimiento.