DOI: http://dx.doi.org/
RESUMO
Objetivo: Identificar quais são os instrumentos utilizados para avaliação de força muscular em sujeitos com lesão medular tanto na prática clínica, quanto em pesquisas científicas. Métodos: Inicialmente, realizou-se a revisão da literatura para identificação dos instrumentos utilizados em pesquisas científicas. A busca foi feita nas bases Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PEdro e PubMed. Foram considerados estudos publicados entre 1990 e 2016 e selecionados os que apresentaram a avaliação da força muscular como desfecho ou para caracterização da amostra. A seguir, foi realizado um levantamento junto a fisioterapeutas para identificar quais são os instrumentos utilizados para avaliação na prática clínica, e qual o grau de satisfação dos profissionais com relação a eles. Resultados: Foram encontrados 495 artigos; 93 foram incluídos para avaliação qualitativa. Nos estudos, verificou-se o uso do teste muscular manual com diferentes sistemas de graduação, do dinamômetro isocinético, do dinamômetro portátil e do dinamômetro manual. Na prática clínica, o teste muscular manual com uso do escore motor recomendado pela American Spinal Cord Injury Association foi o método mais utilizado, apesar das limitações destacadas pelos fisioterapeutas entrevistados. Conclusão: Nas pesquisas cientificas, é grande a variação de métodos e instrumentos utilizados para avaliação da força muscular em sujeitos com lesão medular, diferentemente da prática clínica. Os instrumentos disponíveis e utilizados atualmente apresentam importantes limitações, que foram destacadas pelos profissionais entrevistados. Nenhum instrumento apresenta a relação direta da força muscular com a funcionalidade do sujeito. Não há consenso sobre qual o melhor método para avaliação da força muscular na lesão medular, e são necessários novos instrumentos que sejam específicos para uso nessa população.
ABSTRACT
Objective: To identify the tools used to evaluate muscle strength in subjects with spinal cord injury in both clinical practice and scientific research. Methods: Initially, the literature review was carried out to identify the tools used in scientific research. The search was conducted in the following databases: Virtual Health Library (VHL), Pedro, and PubMed. Studies published between 1990 and 2016 were considered and selected, depicting an evaluation of muscle strength as an endpoint or for characterization of the sample. Next, a survey was carried out with physiotherapists to identify the instruments used for evaluation in clinical practice, and the degree of satisfaction of professionals with respect to them. Results: 495 studies were found; 93 were included for qualitative evaluation. In the studies, we verified the use of manual muscle test with different graduation systems, isokinetic dynamometer, hand-held dynamometer, and manual dynamometer. In clinical practice, the manual muscle test using the motor score recommended by the American Spinal Cord Injury Association was the most used method, despite the limitations highlighted by the physiotherapists interviewed. Conclusion: In scientific research, there is great variation in the methods and tools used to evaluate muscle strength in individuals with spinal cord injury, differently from clinical practice. The tools available and currently used have important limitations, which were highlighted by the professionals interviewed. No instrument depicts direct relationship of muscle strength and functionality of the subject. There is no consensus as to the best method for assessing muscle strength in spinal cord injury, and new instruments are needed that are specific for use in this population.
Resumen
Objetivo: Identificar cuáles son los instrumentos utilizados para evaluar la fuerza muscular en sujetos con lesión medular tanto en la práctica clínica, como en investigaciones científicas. Métodos: Inicialmente, se realizó la revisión de la literatura para identificar los instrumentos utilizados en investigaciones científicas. La búsqueda fue hecha en las bases de Biblioteca Virtual en Salud (BVS), PEdro y PubMed. Se consideraron estudios publicados entre 1990 y 2016 y se seleccionaron los que presentaron la evaluación de la fuerza muscular como resultado o para caracterización de la muestra. A continuación, se realizó un levantamiento junto a fisioterapeutas para identificar cuáles son los instrumentos utilizados para evaluación en la práctica clínica y cuál es el grado de satisfacción de los profesionales con relación a ellos. Resultados: Se han encontrado 495 artículos; 93 se incluyeron para la evaluación cualitativa. En los estudios se verificó el uso del test muscular manual con diferentes sistemas de graduación, del dinamómetro isocinético, del dinamómetro portátil y del dinamómetro manual. En la práctica clínica, la prueba muscular manual con uso de la puntuación motora recomendada por la American Spinal Cord Injury Association fue el método más utilizado, a pesar de las limitaciones destacadas por los fisioterapeutas entrevistados. Conclusión: En las investigaciones científicas, es grande la variación de los métodos e instrumentos utilizados para evaluar la fuerza muscular en sujetos con lesión medular, diferentemente de la práctica clínica. Los instrumentos disponibles y utilizados actualmente presentan importantes limitaciones, que fueron destacadas por los profesionales entrevistados. Ningún instrumento presenta la relación directa de la fuerza muscular con la funcionalidad del sujeto. No hay consenso sobre cuál es el mejor método para evaluar la fuerza muscular en la lesión medular, y son necesarios nuevos instrumentos que sean específicos para su uso en esa población.