Enguer Beraldo Garcia1 , Guilherme Brescia Payão2 , Liliane Faria Garcia1 , Enguer Beraldo Garcia2 , Marcos Felipe Camarinha2 , Roberto Garcia Gonçalves1 , Juliana Garcia Camarinha2 , Saulo Terror Giesbrech1 , Victor de Oliveira Matos1
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120181704191820
RESUMO
Objetivo:
Criar um método para mensurar o plano coronal global da coluna vertebral, denominado Ângulo Sacro Clavicular (ASC).
Métodos:
Executa-se uma linha na base do sacro, faz-se uma segunda linha central perpendicular a primeira na extensão proximal da coluna. Executa-se uma terceira linha passando nos pontos de encontro superiores das clavículas com as duas segundas costelas formando dois ângulos, mensura-se o maior. Portanto, os graus excedentes a 90° são os valores do ASC. Testou-se essa ferramenta estudando, retrospectivamente, 46 pacientes portadores de escoliose idiopática, que se submeteram às fixações curtas, apicais, únicas ou múltiplas. Usou-se instrumental terceira geração, avaliando o ASC no pré e pós-operatório, os quais foram comparados com outro grupo de 46 pacientes, abordados com a técnica tradicional.
Resultados:
Os pacientes pertencentes ao método de fixação tradicional apresentaram uma mediana de 3,0° referente ao ASC no pré-operatório. No pós-operatório, a mediana manteve-se em 3°, portanto houve uma redução de 0%. Os pacientes pertencentes ao método de fixação curta, apical, única ou múltipla apresentaram no pré-operatório a mediana de 6°, no pós-operatório de 1°, redução de aproximadamente 83% no pós-operatório.
Conclusões:
O grupo abordado com instrumentação curta, apical, única ou múltipla, apresentou uma redução de aproximadamente 83% no pós-operatório em relação ao pré-operatório. A diferença entre o pré e o pós-operatório foi considerada estatisticamente significativa.
ABSTRACT
Objective:
To create a method to measure the overall coronal plane of the spine, called the sacral clavicular angle (SCA).
Methods:
A line is drawn at the base of the sacrum; a second central line is drawn perpendicular to the first one in the proximal extension of the spine. A third line is drawn passing through the intersections of the superior points of the clavicles with the two second ribs, forming two angles, the greater of which is measured. Therefore, the degrees exceeding 90° are the SCA values. This tool was tested retrospectively in a study of 46 patients with idiopathic scoliosis who underwent short, apical, single or multiple fixations. Third generation instrumentation was used and the SCA was evaluated in the pre- and postoperative periods, which were compared with another group of 46 patients treated with the traditional technique.
Results:
Patients submitted to the traditional fixation method presented a median SCA of 3° in the preoperative period, and in the postoperative period, the SCA remained in 3°. Therefore, there was a 0% reduction. Patients submitted to short, apical, single or multiple fixation method presented a median preoperative SCA of 6°, and a postoperative median SCA of 1°, a reduction of approximately 83%.
Conclusions:
The group treated with short, apical, single or multiple instrumentation presented a reduction in the SCA of approximately 83% in the postoperative period compared to the preoperative period. The difference between preoperative and postoperative values was considered statistically significant.
Resumen
Objetivo:
Crear un método para mensurar el plano coronal general de la columna vertebral, llamado ángulo sacro clavicular (ASC).
Métodos:
Se hizo una línea en la base del sacro; una segunda línea central se hizo perpendicular a la primera en la extensión proximal de la columna vertebral. Se hizo una tercera línea que pasa a través de las intersecciones de las porciones superiores de las clavículas con las dos segundas costillas, formando dos ángulos, el mayor de los cuales se midió. Por lo tanto, los grados superiores a 90° son los valores del ASC. Esta herramienta fue probada retrospectivamente en un estudio de 46 pacientes con escoliosis idiopática que se sometieron a fijaciones cortas, apicales, únicas o múltiples. Se utilizó instrumentación de tercera generación y se evaluó el ASC en los períodos pre y postoperatorio, que se compararon con otro grupo de 46 pacientes tratados con la técnica tradicional.
Resultados:
Los pacientes sometidos al método de fijación tradicional presentaron una mediana de ASC de 3° en el período preoperatorio, y en el postoperatorio, el ASC se mantuvo en 3°. Por lo tanto, hubo una reducción del 0%. Los pacientes sometidos a un método de fijación corta, apical, única o múltiple presentaron una mediana de ASC preoperatoria de 6° y una mediana de ASC postoperatoria de 1°, una reducción de aproximadamente 83%.
Conclusiones:
El grupo tratado con instrumentación corta, apical, única o múltiple presentó una reducción en el ASC de aproximadamente 83% en el período postoperatorio en comparación con el período preoperatorio. La diferencia entre los valores preoperatorios y postoperatorios se consideró estadísticamente significativa.