, GUILHERME PIANOWSKI PAJANOTI
, MICHEL KANAS
, FELIPE NEVES MONTEIRO
, DELIO EÜLALIO MARTINS
, MARCELO WAJCHENBERG
, NELSON ASTUR 
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120252402292007
RESUMO:
Objetivo:
Examinar a evolução das alterações degenerativas nos planaltos vertebrais de
pacientes com hérnia de disco lombar submetidos à microdiscectomia, com
ênfase na progressão das alterações de Modic tipos 1 e 2.
Métodos:
Estudo de coorte prospectivo, conduzido em um único centro, incluindo
pacientes submetidos à microdiscectomia entre 2017 e 2019. Foram adquiridas
imagens de ressonância magnética (RM) no período pré-operatório e após 12
meses da intervenção. A classificação das alterações de Modic foi realizada
por dois radiologistas independentes, seguindo os critérios estabelecidos
por Wang et al. A análise estatística incluiu testes do qui-quadrado, exato
de Fisher e de Wilcoxon, adotando-se p<0,05 como limiar de
significância.
Resultados:
Foram analisados 112 pacientes, dos quais 70 completaram o seguimento de um
ano. No pré-operatório, 14 pacientes não apresentavam alterações de Modic,
enquanto 45 possuíam Modic tipo 1 e 18 Modic tipo 2. Após um ano, 5
pacientes sem alterações iniciais desenvolveram Modic tipo 1 ou 2. Nos
pacientes com Modic tipo 1, observou-se redução estatisticamente
significativa da área acometida (média de 211,6 mm para 159,1
mm; p=0,001). Já nos casos de Modic tipo 2, não foi
identificada alteração significativa na extensão da lesão.
Conclusão:
A microdiscectomia impacta a progressão das alterações de Modic,
especialmente ao reduzir a área de lesão em Modic tipo 1, o que sugere um
possível efeito na modulação da resposta inflamatória e no curso da
degeneração do planalto vertebral. Estudos adicionais são necessários para
elucidar os mecanismos subjacentes e a relevância clínica dessa associação.
ABSTRACT
Objective:
To examine the evolution of degenerative changes in the vertebral plateau of
patients with lumbar disc herniation undergoing microdiscectomy, emphasizing
the progression of Modic type 1 and 2 changes.
Methods:
A Prospective cohort study was conducted at a single center, including
patients who underwent microdiscectomy between 2017 and 2019. Magnetic
resonance imaging (MRI) was acquired preoperatively and 12 months after the
intervention. Modic changes were classified by two independent radiologists
following the criteria established by Wang et al. Statistical analysis
included chi-square tests, Fisher’s exact test, and Wilcoxon tests, with a
significance level of p<0.05.
Results:
A total of 112 patients were analyzed, of which 70 completed one-year
follow-up. Preoperatively, 14 patients had no Modic changes, while 45 had
Modic type 1 and 18 had Modic type 2. After one year, 5 patients without
initial changes developed Modic type 1 or 2. In patients with Modic type 1,
a statistically significant reduction in the affected area was observed
(mean 211.6 mm to 159.1 mm; p=0.001). In cases of
Modic type 2, no significant change in the extent of the lesion was
identified.
Conclusion:
Microdiscectomy impacts the progression of Modic changes, particularly by
reducing the lesion area in Modic type 1, suggesting a possible effect on
modulating the inflammatory response and the course of vertebral endplate
degeneration. Further studies are needed to elucidate this association’s
underlying mechanisms and clinical relevance.
Resumen:
Objetivo:
Examinar la evolución de los cambios degenerativos en las mesetas vertebrales
de pacientes con hernia discal lumbar sometidos a microdiscectomia, con
énfasis en la progresión de los cambios de Modic tipos 1 y 2.
Métodos:
Estudio de cohorte prospectivo realizado en un solo centro, que incluyó
pacientes sometidos a microdiscectomia entre 2017 y 2019. Se adquirieron
imágenes de resonancia magnética (RM) en el período preoperatorio y 12 meses
después de la intervención. La clasificación de los cambios de Modic fue
realizada por dos radiólogos independientes, siguiendo los criterios
establecidos por Wang et al. El análisis estadístico incluyó pruebas de
chi-cuadrado, prueba exacta de Fisher y de Wilcoxon, adoptándose un nivel de
significancia de p<0,05.
Resultados:
Se analizaron 112 pacientes, de los cuales 70 completaron el seguimiento de
un año. En el preoperatorio, 14 pacientes no presentaban cambios de Modic,
mientras que 45 tenían Modic tipo 1 y 18 Modic tipo 2. Después de un año, 5
pacientes sin cambios iniciales desarrollaron Modic tipo 1 o 2. En los
pacientes con Modic tipo 1, se observó una reducción estadísticamente
significativa del área afectada (promedio de 211,6 mm a 159,1
mm2; p=0,001). En los casos de Modic tipo 2, no se identificó un cambio
significativo en la extensión de la lesión.
Conclusión:
La microdiscectomía impacta la progresión de los cambios de Modic,
especialmente al reducir el área de la lesión en Modic tipo 1, lo que
sugiere un posible efecto en la modulación de la respuesta inflamatoria y en
el curso de la degeneración del plano vertebral. Se requieren estudios
adicionales para esclarecer los mecanismos subyacentes y la relevancia
clínica de esta asociación.