Coluna / Columna v.24, n.3 /2025

DEFORMIDADES TORACOLOMBARES SECUNDáRIAS A TUMORES ESPINHAIS E SEUS TRATAMENTOS: SERá POSSíVEL PREVER E PREVENIR?


Thoracolumbar deformities secondary to spinal tumors and their treatments: is it possible to predict and prevent them?


DEFORMIDADES TORACOLUMBARES SECUNDARIAS A TUMORES ESPINALES Y SUS TRATAMIENTOS: ¿ES POSIBLE PREVERLAS Y PREVENIRLAS?


PEDRO PASCHOAL CASSAPIS CARDOSO AFONSO , ALDERICO GIRãO CAMPOS DE BARROS , LUíS E. CARELLI , GIANCARLO JORIO ALMEIDA


DOI: http://dx.doi.org/02003



RESUMO

Deformidades toracolombares relacionadas a tumores vertebrais ou a seus tratamentos tornaram-se um desafio clínico relevante, principalmente pelo impacto na estabilidade da coluna, funcionalidade e qualidade de vida dos pacientes. As alterações estruturais podem ocorrer após ressecções tumorais, radioterapia ou quimioterapia, especialmente em populações vulneráveis, como crianças e adolescentes. Este trabalho tem como objetivo analisar os fatores de risco, mecanismos fisiopatológicos e estratégias preventivas associados ao desenvolvimento de deformidades da coluna toracolombar durante ou após o tratamento de tumores espinhais. Revisão narrativa, baseada em literatura publicada nas últimas três décadas extraídas da base de dados PubMed. Foram incluídos artigos originais, revisões sistemáticas, metanálises e diretrizes clínicas abordando a instabilidade vertebral, impacto dos tratamentos oncológicos na biomecânica da coluna e abordagens preventivas e terapêuticas. O desenvolvimento de deformidades da coluna é multifatorial, envolvendo fatores anatômicos, idade do paciente, localização tumoral, extensão da ressecção cirúrgica e efeitos adversos da radioterapia e quimioterapia. Estratégias preventivas potenciais incluem laminoplastias, uso criterioso de órteses, acompanhamento radiográfico e fusões profiláticas, especialmente em pacientes pediátricos. A abordagem dos tumores espinhais deve ir além da ressecção da lesão, incorporando medidas voltadas à preservação da biomecânica da coluna. A identificação precoce de pacientes de maior risco e a adoção de estratégias preventivas são cruciais para reduzir a incidência de deformidades pós-tratamento e melhorar o prognóstico funcional dos pacientes. Nível de Evidência: IV; Série de Casos.


Palavras-chave: Escoliose,Cifose,Laminectomia,Laminoplastia,Radioterapia.

ABSTRACT

Thoracolumbar deformities related to spinal tumors or their treatments have emerged as a significant clinical challenge, primarily due to their impact on spinal stability, function, and patients’ quality of life. Structural changes may occur following tumor resection, radiotherapy, or chemotherapy, particularly in vulnerable populations such as children and adolescents. To analyze the risk factors, pathophysiological mechanisms, and preventive strategies associated with the development of thoracolumbar deformities during or after the treatment of spinal tumors. This narrative review is based on literature from the past three decades retrieved from the PubMed database. It includes original articles, systematic reviews, meta-analyses, and clinical guidelines addressing spinal instability, the biomechanical consequences of oncologic treatments, and preventive and therapeutic approaches. The development of spinal deformities is multifactorial, involving anatomical factors, patient age, extent of surgical resection, tumor location, and the adverse effects of radiotherapy and chemotherapy. Potential preventive strategies include laminoplasty, selective use of orthotic bracing, regular radiographic monitoring, and prophylactic spinal fusion, particularly in pediatric populations. The management of spinal tumors should extend beyond tumor resection to include measures aimed at preserving spinal biomechanics. Early identification of high-risk patients and the implementation of preventive strategies are essential to reducing the incidence of post-treatment deformities and improving functional outcomes.


Keywords: Scoliosis,Kyphosis,Laminectomy,Laminoplasty,Radiotherapy.

Resumen

Las deformidades toracolumbares relacionadas con tumores espinales o sus tratamientos han surgido como un desafío clínico significativo, principalmente debido a su impacto en la estabilidad de la columna, la funcionalidad, y la calidad de vida de los pacientes. Los cambios estructurales pueden ocurrir tras la resección tumoral, la radioterapia o la quimioterapia, particularmente en poblaciones vulnerables como niños y adolescentes. Este trabajo tiene como objetivo analizar los factores de riesgo, los mecanismos fisiopatológicos y las estrategias preventivas asociadas con el desarrollo de deformidades toracolumbares durante o después del tratamiento de tumores espinales. Revisión narrativa basada en literatura publicada en las últimas tres décadas, y recuperada de la base de datos PubMed. Se incluyeron artículos originales, revisiones sistemáticas, metaanálisis y guías clínicas que abordan la inestabilidad vertebral, las consecuencias biomecánicas de los tratamientos oncológicos y los enfoques preventivos y terapéuticos. El desarrollo de deformidades espinales es multifactorial, involucrando factores anatómicos, edad del paciente, localización del tumor, extensión de la resección quirúrgica y efectos adversos de la radioterapia y quimioterapia. Las estrategias preventivas potenciales incluyen la laminoplastia, el uso selectivo de órtesis, el monitoreo radiográfico periódico y la fusión profiláctica, especialmente en pacientes pediátricos. El manejo de los tumores espinales debe ir más allá de la resección tumoral, incorporando medidas dirigidas a preservar la biomecánica de la columna. La identificación temprana de pacientes de alto riesgo y la implementación de estrategias preventivas son esenciales para reducir la incidencia de deformidades posoperatorias y mejorar los resultados funcionales. Nivel de Evidencia IV; Serie de Casos.


Palavras-chave: Escoliosis,Cifosis,Laminectomía,Laminoplastia,Radioterapia.






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