Coluna / Columna v.21, n.2 /2022

PREVALÊNCIA DE DOR LOMBAR EM ENFERMEIROS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO


THE PREVALENCE OF LOW BACK PAIN IN NURSES AT A UNIVERSITY HOSPITAL IN THE EASTERN AREA OF SÃO PAULO


PREVALENCIA DE DOLOR DE LA REGIÓN LUMBAR EN ENFERMEROS DE UN HOSPITAL UNIVERSITARIO DE LA ZONA ESTE DE SÃO PAULO


FELIPE RAMALHO GUEDES , FERNANDA MINUTTI NAVARRO , RODRIGO YUITI NAKAO , ISABELA PAGLIARO FRANCO , LUIZ CLAUDIO LACERDA RODRIGUES


DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120222102262474



Resumo:

Objetivo:
Avaliar a prevalência de dor lombar em enfermeiros de um hospital
universitário da zona leste de São Paulo e estabelecer relação com aspectos
sociais.

Métodos:
Foi realizado um estudo de corte transversal, através da aplicação de um
questionário contendo questões sociais (peso, idade, altura, setor de
trabalho, carga horária, prática de exercício físico, presença e frequência
de dor lombar), além do questionário Oswestry.

Resultados:
Cento e cinquenta e três enfermeiros participaram do estudo, destes 92,30%
das mulheres e 73,91% dos homens apresentaram dor lombar, sendo que um terço
classificava a dor como esporádica. Em relação ao IMC, a dor é menor
naqueles que estão abaixo do peso (60%) e maior entre aqueles que se
apresentam sobrepeso (96,77%). A maioria da amostra era sedentária (66%),
sendo que destes, 96% apresentavam dor lombar. Não houve diferença na
comparação para período de trabalho, já em relação ao setor de trabalho a
dor estava mais presente no setor de coordenação (100%), seguido por
enfermaria infantil (92%), pronto socorro adulto (90%) e UTI adulto (31%).
Trinta enfermeiros faziam dupla jornada, e destes, 90% relataram dor, já nos
que trabalhavam somente no hospital universitário 89,4% relataram dor. Em
relação à carga horária, quanto maior a jornada, mais dor. Na avaliação da
função (Oswestry), 99 participantes obtiveram um valor de até 30% de
incapacidade.

Conclusão:
A partir dos resultados deste trabalho, conclui-se que existe uma alta
prevalência de dor lombar nos enfermeiros do Hospital Universitário, no
entanto, não foi possível determinar um fator de risco direto associado à
esta alta prevalência.


Palavras-chave: Dor Lombar,Enfermeiras e Enfermeiros,Estudos Transversais

ABSTRACT

Objective:
To evaluate the prevalence of low back pain in nurses at a university
hospital in São Paulo and establish a relationship with social aspects.

Methods:
A cross-sectional study was carried out, through the application of a
questionnaire containing social questions(weight, age, height, work sector,
working hours, physical activity, presence and frequency of low back pain)
in addition to the Oswestry questionnaire.

Results:
One hundred fifty-three nurses participated in the study. Of these, 92.30% of
the women and 73.91% of the men presented low back pain, with a third
classifying the pain as sporadic. In relation to BMI, pain is lower in those
who are underweight (60%) and higher among those who are overweight
(96.77%). Most of the sample was sedentary (66%), and of these, 96% had low
back pain. There was no difference in the comparison by working hours, in
relation to work sector, pain was more present in the following sectors:
coordination (100%); children’s ward (92%); adult emergency room (90%) and
adult ICU (31%). Thirty nurses worked double shifts, and of these, 90%
reported low back pain, while among those who worked only at the university
hospital, 89.4% reported pain. In relation to working hours, the longer the
working day, the greater the pain. In the function assessment (Oswestry), 99
participants obtained a value of up to 30% disability.

Conclusion:
Based on the results of this work, it is concluded that there is a high
prevalence of low back pain in nurses at the Hospital Universitário;
however, it was not possible to determine a direct risk factor associated
with this high prevalence.


Keywords: Low Back Pain,Nurses,Cross-Sectional Studies

Resumen:

Objetivo:
Evaluar la prevalencia del dolor de la región lumbar en enfermeros y
enfermeras de un hospital universitario de la zona este de São Paulo y
establecer una relación con los aspectos sociales.

Métodos:
Se realizó un estudio transversal aplicando un cuestionario que contenía
preguntas sociales (peso, edad, altura, sector laboral, carga de trabajo,
práctica de ejercicio físico, presencia y frecuencia de dolor en la región
lumbar), además del cuestionario de Oswestry.

Resultados:
Participaron del estudio 153 enfermeros y enfermeras, de los cuales el 92,30%
de las mujeres y el 73,91% de los hombres presentaban dolor en la región
lumbar, y un tercio clasificaba el dolor como esporádico. En cuanto al IMC,
el dolor es menor en los que tienen un peso inferior al normal (60%) y mayor
entre los que tienen sobrepeso (96,77%).La mayoría de la muestra era
sedentaria (66%), y de ellos, el 96% presentaba lumbalgia. No hubo
diferencias en la comparación por período de trabajo, pero en cuanto al
sector de trabajo, el dolor estuvo más presente en el sector de:
coordinación (100%); seguido de la sala infantil (92%); urgencias de adultos
(90%) y UCI de adultos (31%). Treinta enfermeros y enfermeras trabajaban en
doble turno, y de ellos, el 90% manifestó dolor, mientras que de los que
trabajaban sólo en el hospital universitario, el 89,4% manifestó dolor. En
cuanto a la carga de trabajo, cuanto más largo es el turno, más dolor. En la
evaluación de la función (Oswestry), 99 participantes obtuvieron un valor de
hasta un 30% de incapacidad.

Conclusión:
A partir de los resultados de este estudio, se concluye que existe una alta
prevalencia de dolor de la región lumbar en enfermeros y enfermeras del
Hospital Universitario, sin embargo, no fue posible determinar un factor de
riesgo directo asociado a esta alta prevalencia.


Palavras-chave: Dolor de la Región Lumbar,Enfermeras y Enfermeros,Estudios Transversales






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