FELIPE RAMALHO GUEDES , FERNANDA MINUTTI NAVARRO , RODRIGO YUITI NAKAO , ISABELA PAGLIARO FRANCO , LUIZ CLAUDIO LACERDA RODRIGUES
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120222102262474
Resumo:
Objetivo:
Avaliar a prevalência de dor lombar em enfermeiros de um hospital
universitário da zona leste de São Paulo e estabelecer relação com aspectos
sociais.
Métodos:
Foi realizado um estudo de corte transversal, através da aplicação de um
questionário contendo questões sociais (peso, idade, altura, setor de
trabalho, carga horária, prática de exercício físico, presença e frequência
de dor lombar), além do questionário Oswestry.
Resultados:
Cento e cinquenta e três enfermeiros participaram do estudo, destes 92,30%
das mulheres e 73,91% dos homens apresentaram dor lombar, sendo que um terço
classificava a dor como esporádica. Em relação ao IMC, a dor é menor
naqueles que estão abaixo do peso (60%) e maior entre aqueles que se
apresentam sobrepeso (96,77%). A maioria da amostra era sedentária (66%),
sendo que destes, 96% apresentavam dor lombar. Não houve diferença na
comparação para período de trabalho, já em relação ao setor de trabalho a
dor estava mais presente no setor de coordenação (100%), seguido por
enfermaria infantil (92%), pronto socorro adulto (90%) e UTI adulto (31%).
Trinta enfermeiros faziam dupla jornada, e destes, 90% relataram dor, já nos
que trabalhavam somente no hospital universitário 89,4% relataram dor. Em
relação à carga horária, quanto maior a jornada, mais dor. Na avaliação da
função (Oswestry), 99 participantes obtiveram um valor de até 30% de
incapacidade.
Conclusão:
A partir dos resultados deste trabalho, conclui-se que existe uma alta
prevalência de dor lombar nos enfermeiros do Hospital Universitário, no
entanto, não foi possível determinar um fator de risco direto associado à
esta alta prevalência.
ABSTRACT
Objective:
To evaluate the prevalence of low back pain in nurses at a university
hospital in São Paulo and establish a relationship with social aspects.
Methods:
A cross-sectional study was carried out, through the application of a
questionnaire containing social questions(weight, age, height, work sector,
working hours, physical activity, presence and frequency of low back pain)
in addition to the Oswestry questionnaire.
Results:
One hundred fifty-three nurses participated in the study. Of these, 92.30% of
the women and 73.91% of the men presented low back pain, with a third
classifying the pain as sporadic. In relation to BMI, pain is lower in those
who are underweight (60%) and higher among those who are overweight
(96.77%). Most of the sample was sedentary (66%), and of these, 96% had low
back pain. There was no difference in the comparison by working hours, in
relation to work sector, pain was more present in the following sectors:
coordination (100%); children’s ward (92%); adult emergency room (90%) and
adult ICU (31%). Thirty nurses worked double shifts, and of these, 90%
reported low back pain, while among those who worked only at the university
hospital, 89.4% reported pain. In relation to working hours, the longer the
working day, the greater the pain. In the function assessment (Oswestry), 99
participants obtained a value of up to 30% disability.
Conclusion:
Based on the results of this work, it is concluded that there is a high
prevalence of low back pain in nurses at the Hospital Universitário;
however, it was not possible to determine a direct risk factor associated
with this high prevalence.
Resumen:
Objetivo:
Evaluar la prevalencia del dolor de la región lumbar en enfermeros y
enfermeras de un hospital universitario de la zona este de São Paulo y
establecer una relación con los aspectos sociales.
Métodos:
Se realizó un estudio transversal aplicando un cuestionario que contenía
preguntas sociales (peso, edad, altura, sector laboral, carga de trabajo,
práctica de ejercicio físico, presencia y frecuencia de dolor en la región
lumbar), además del cuestionario de Oswestry.
Resultados:
Participaron del estudio 153 enfermeros y enfermeras, de los cuales el 92,30%
de las mujeres y el 73,91% de los hombres presentaban dolor en la región
lumbar, y un tercio clasificaba el dolor como esporádico. En cuanto al IMC,
el dolor es menor en los que tienen un peso inferior al normal (60%) y mayor
entre los que tienen sobrepeso (96,77%).La mayoría de la muestra era
sedentaria (66%), y de ellos, el 96% presentaba lumbalgia. No hubo
diferencias en la comparación por período de trabajo, pero en cuanto al
sector de trabajo, el dolor estuvo más presente en el sector de:
coordinación (100%); seguido de la sala infantil (92%); urgencias de adultos
(90%) y UCI de adultos (31%). Treinta enfermeros y enfermeras trabajaban en
doble turno, y de ellos, el 90% manifestó dolor, mientras que de los que
trabajaban sólo en el hospital universitario, el 89,4% manifestó dolor. En
cuanto a la carga de trabajo, cuanto más largo es el turno, más dolor. En la
evaluación de la función (Oswestry), 99 participantes obtuvieron un valor de
hasta un 30% de incapacidad.
Conclusión:
A partir de los resultados de este estudio, se concluye que existe una alta
prevalencia de dolor de la región lumbar en enfermeros y enfermeras del
Hospital Universitario, sin embargo, no fue posible determinar un factor de
riesgo directo asociado a esta alta prevalencia.