DOI: https://doi.org/10.1590/s1808-1851201716011171639
O objetivo do presente estudo é analisar a frequência e a eficácia dos estudos experimentais com terapia antioxidante. Realizou-se uma pesquisa na base de dados pubmed.gov usando as palavras-chave “antioxidants” (antioxidantes) AND “spinal cord injury” (trauma raquimedular), de janeiro de 2000 a dezembro de 2015, resultando em 686 artigos. Estudos de lesões não traumáticas, terapias não antioxidantes, ausência de avaliação neurológica e funcional e estudos não experimentais foram excluídos, restando 43 artigos. As terapias mais utilizadas foram melatonina (16,2%), quercetina (9,3%), epigalocatequina e edaravona (6,9%). A via de administração mais frequente foi intraperitoneal (72,09%). A posologia e o modo de administração tiveram grande variação, sendo que a dose única foi a forma mais frequente (39,53%). O tempo decorrido desde o trauma até a instituição do tratamento foi de 0 a 15 minutos (41,8%), 15 a 60 minutos (30%) e acima de 60 minutos (10,6%). A análise histológica foi realizada em 32 estudos (74,41%). O sistema de escala BBB foi a principal medida funcional aplicada (55,8%), seguida de teste com plano inclinado (16,2%) e a escala de Tarlov (13,9%). Os desfechos positivos foram observados em 37 estudos (86,04%). A heterogeneidade da terapia antioxidante com diferentes tipos, doses e medições observadas limita a comparação da eficácia. Protocolos padronizados são necessários para tornar possível a tradução clínica.
The objective of the paper is to analyze the frequency and efficacy of experimental studies with antioxidant therapy. A search was conducted in the pubmed.gov database using the keywords “antioxidants” AND “spinal cord injury”, from January 2000 to December 2015, resulting in 686 articles. Studies of non-traumatic injuries, non-antioxidant therapies, absence of neurological and functional evaluation, and non-experimental studies were excluded, leaving a total of 43 articles. The most used therapies were melatonin (16.2%), quercetin (9.3%), epigallocatechin and edaravone (6.9%). The most frequent route of administration was intraperitoneal (72.09%). The dose and mode of administration varied greatly, with a single dose being the most commonly used (39.53%). The time elapsed from trauma to treatment was 0-15 minutes (41.8%), 15-60 minutes (30%) and over 60 minutes (10.6%). Histological analysis was performed in 32 studies (74.41%). The BBB scale was the main functional measure applied (55.8%), followed by the inclined plane test (16.2%) and the Tarlov scale (13.9%). Positive outcomes were observed in 37 studies (86.04%). The heterogeneity of antioxidant therapy, with different types, doses, and measurements observed, limits the comparison of efficacy. Standardized protocols are required to make clinical translation possible.
El objetivo del presente estudio es analizar la frecuencia y eficacia de los estudios experimentales con terapia antioxidante. Se realizó una búsqueda en la base de datos pubmed.gov utilizando las palabras clave “antioxidants” (antioxidantes) AND “spinal cord injury” (trauma raquimedular), de enero de 2000 a diciembre de 2015, y se encontraron 686 artículos. Se excluyeron los estudios de lesiones no traumáticas, terapias no antioxidantes, con ausencia de evaluación neurológica y funcional y los estudios no experimentales, quedando 43 artículos. Las terapias más utilizadas fueron melatonina (16,2%), quercetina (9,3%), epigalocatequina y edaravona (6,9%). La vía de administración más común fue intraperitoneal (72,09%). La dosificación y administración fueron variadas, pero la dosis única fue la forma más frecuente (39,53%). El tiempo trascurrido desde el trauma a la iniciación del tratamiento fue de 0-15 minutos (41,8%), 15 a 60 minutos (30%) y más de 60 minutos (10,6%). El análisis histológico se realizó en 32 estudios (74,41%). El sistema de la escala BBB se aplicó como la principal medición funcional (55,8%), seguida por la prueba del plano inclinado (16,2%) y la escala de Tarlov (13,9%). Se observaron resultados positivos en 37 estudios (86,04%). La heterogeneidad de la terapia antioxidante con diferentes tipos, dosis y mediciones observados limita la comparación de la eficacia. Son necesarios protocolos estandarizados para tornar posible la traducción clínica.