RESUMO
Objetivo:
Descrever a epidemiologia de pacientes, menores de 18 anos, com escoliose que
aguardam cirurgia em hospital quaternário de alta complexidade e observar os
motivos que acarretam atrasos no tratamento.
Métodos:
Coleta de dados presencial e espontaneamente no ambulatório de ortopedia da
coluna vertebral num hospital de alta complexidade, de janeiro de 2021 a
dezembro de 2022. Os resultados foram compilados no banco de dados (Red
Cap®).
Resultados:
Foram avaliados 59 pacientes, 45 mulheres (77,9%) e 14 homens (22,1%), com
média etária de 13,7 anos. Etiologia: 30 idiopáticas (50,8%), 8 sindrômicas
(13,5%), 11 neuromusculares (18,6%) e 10 congênitas (16,9%). Do total, 46
(77,9%) aguardam cirurgia e 13 (22,1%) estavam em tratamento conservador. As
principais causas de atraso do tratamento cirúrgico foram: indisponibilidade
de monitoração neurofisiológica intraoperatória (19 - 41,3%);
indisponibilidade de implantes para escoliose (16 - 34,8%); dificuldade no
referenciamento para instituição (6 - 13,1%); perda de seguimento (3 - 6,5%)
e limitação na confecção de colete (2 - 4,3%). Tempo médio entre diagnóstico
e primeiro atendimento de 17,25 meses (0 - 140). A média de espera cirúrgica
até dezembro/2022 era 38,4 meses (1 - 156).
Conclusão:
Há carência assistencial nas etapas do acompanhamento e no tratamento no
Sistema Único de Saúde, desde o direcionamento do paciente com escoliose ao
centro especializado até a realização do procedimento cirúrgico, sobretudo
devido à limitação na utilização de monitoração neurofisiológica
intraoperatória e indisponibilidade de materiais específicos para realização
de cirurgias de alta complexidade. Estudos terapêuticos - Investigação dos
resultados do tratamento.
ABSTRACT
Objective:
To carry out registration of patients with scoliosis under 18 years old,
followed in a quarternary hospital of high complexity, who need surgical
treatment, aiming to identify the reasons for the delay in treatment.
Methods:
Data collection was carried out in person and by spontaneous demand at the
spinal orthopedic specialty outpatient clinic in a tertiary hospital of high
complexity from January 2021 to December 2022. The results were compiled in
the networked database (Red Cap®). Result: 59 patients were evaluated, 45
female (77.9%) and 14 male (22.1%), with a mean age of 13.7 years. Etiology:
30 idiopathic (50.8%), eight syndromic (13.5%), 11 neuromuscular (18.6%),
and ten congenital (16.9%). Of the total, 46 (77.9%) were awaiting surgery
and 13 (22.1%) were undergoing conservative treatment. The main causes of
treatment delay: unavailability of intraoperative neurophysiological
monitoring (19 - 41.3%); unavailability of specific surgical material (16 -
34.8%); difficulty of referral to our institution (6 - 13.1%); loss to
follow-up (3 - 6.5%) and limitation in casting making (2 - 4.3%). The mean
time between diagnosis and the first consultation is 17.25 months (0 - 140).
The average surgical wait until December/2022 was 38.4 months (1 - 156).
Conclusion:
There is a lack of assistance in the steps of monitoring and treatment in the
public health system, from directing the patient with scoliosis to the
specialized center to performing the surgical procedure, mainly due to
limitations in the use of intraoperative neurophysiological monitoring and
the unavailability of specific materials to perform highly complex
surgeries.
Resumen
Objetivo:
Describir la epidemiología de los pacientes menores de 18 años con escoliosis
en un hospital cuaternario de alta complejidad y observar los motivos que
llevan a retrasos en el tratamiento.
Métodos:
Recolección de datos presencial y espontánea en el ambulatorio de ortopedia
de columna, de enero 2021 a diciembre 2022. Los resultados fueron
recopilados en la base de datos (Red Cap®). Resultado: Se evaluaron 59
pacientes, 45 mujeres (77,9%) y 14 hombres (22,1%), con una edad promedio de
13,7 años. Etiología: 30 idiopáticas (50,8%), 8 sindrómicas (13,5%), 11
neuromusculares (18,6%) y 10 congénitas (16,9%). Del total, 46 (77,9%)
estaban pendientes de cirugía y 13 (22,1%) estaban en tratamiento
conservador. Las principales causas de retraso en el tratamiento quirúrgico
fueron: indisponibilidad de monitorización neurofisiológica intraoperatoria
(19 - 41,3%); indisponibilidad de implantes para escoliosis (16 - 34,8%);
dificultad para hacer referencia a la institución (6 - 13,1%); pérdida de
seguimiento (3 - 6,5%) y limitación en la confección de un chaleco (2 -
4,3%). Tiempo promedio diagnóstico y primera atención de 17,25 meses (0 -
140). Espera quirúrgica promedio: hasta diciembre/2022 fue de 38,4 meses (1
- 156).
Conclusión:
Existe falta de asistencia en las etapas de seguimiento y tratamiento en el
Sistema Único de Salud, desde la dirección del paciente con escoliosis al
centro especializado hasta la realización del procedimiento quirúrgico,
debido principalmente a la limitación en el uso de instrumentos
neurofisiológicos intraoperatorios. Estudios terapéuticos - Investigación de
los resultados del tratamiento.