LUIZ CARLOS MILAZZO1 , RAPHAEL DE REZENDE PRATALI2 , VINÍCIO NUNES NASCIMENTO1 , PEDRO FELISBINO1 , NILO CARRIJO MELO1 , BRENDA CRISTINA RIBEIRO ARAÚJO3 , SÉRGIO DAHER3 , MURILO TAVARES DAHER1
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120201902197199
RESUMO
Objetivo
Comparar os resultados radiográficos de pacientes submetidos à cirurgia de laminoplastia e laminectomia e artrodese para o tratamento de mielopatia cervical espondilótica.
Métodos
Pacientes submetidos à laminectomia e artrodese ou laminoplastia para o tratamento de mielopatia cervical espondilótica com acompanhamento mínimo de seis meses. Os parâmetros radiográficos relacionados à coluna cervical avaliados foram: Lordose C0C2 (C0C2); Lordose cervical (LC); Inclinação de T1 (IT1); Ângulo de entrada do tórax (AET); Versão do pescoço (VP); Eixo sagital vertical cervical (ESVC); Diferença entre IT1 e LC (IT1-LC).
Resultados
Avaliaram-se 34 pacientes, sendo 23 (68%) homens. A idade média foi de 65 anos (DP: ±13). Não houve diferença estatística em nenhum dos parâmetros radiográficos pré-operatórios. Considerando isoladamente os pacientes submetidos à laminectomia, notou-se diferença significativa C0-C2 (P = 0,045), ESVC (P = 0,0008), sendo observada diferença entre os tempos POI e POS (P = 0,026) e entre PRE e POS (P = 0,0013) e diferença IT1 – LC (P = 0,0004) com diferença entre POI e POS (P = 0,0076) e entre PRE e POS (0,001). Considerando isoladamente os pacientes submetidos à laminoplastia, não houve diferença ao longo do tempo para nenhum dos parâmetros considerados. Comparando-se os parâmetros radiográficos entre os grupos laminectomia e laminoplastia nos três tempos, não houve diferença significativa para nenhum deles.
Conclusões
O estudo sugere que os pacientes portadores de mielopatia cervical submetidos a laminectomia com instrumentação possam apresentar pior evolução radiográfica quanto ao alinhamento sagital cervical ao longo do tempo quando comparados aos pacientes submetidos a laminoplastia. Nível de evid ncia III; Série de casos retrospectiva.
ABSTRACT
Objective
To compare radiographic findings of patients who underwent laminoplasty and laminectomy with arthrodesis for spondylotic cervical myelopathy.
Methods
Who were submitted to laminectomy with arthrodesis or laminoplasty to treat cervical spondylotic myelopathy with minimum follow-up of 6 months. The radiographic parameters related to the cervical spine evaluated were C0C2 lordosis (C0C2), cervical lordosis (CL), T1 slope (T1S), thoracic inlet angle (TIA), neck tilt (NT), cervical sagittal vertical axis (CSVA), and T1S – CL mismatch (T1S-CL).
Results
We evaluated 34 patients, 23 (68%) of whom were men. The mean age was 65 years (SD ± 13). There was no statistical difference in any of the preoperative radiographic parameters. Considering the patients submitted to laminectomy alone, a significant difference was observed for C0C2 (P = 0.045), CSVA (P = 0.0008), with differences between IPO and POS times (P = 0.026) and between PRE and POS (P = 0.0013) and T1S – CL mismatch (P = 0.0004), with a difference between IPO and POS (P = 0.0076) and between PRE and POS (P=0.001). Considering the patients submitted to laminoplasty alone, there was no difference over time for any radiographic parameters considered. Comparing the radiographic parameters between the laminectomy and laminoplasty groups in the three time periods, there was no significant difference for any of them.
Conclusion
This study suggests that patients with cervical spondylotic myelopathy who underwent laminectomy with instrumentation may present worse radiographic evolution as regards cervical sagittal alignment over time when compared to patients who underwent laminoplasty.
Resumen
Objetivo
Comparar los resultados radiográficos de pacientes sometidos a cirugía de laminoplastia y laminectomía y artrodesis para el tratamiento de mielopatía cervical espondilótica.
Métodos
Pacientes sometidos a laminectomía y artrodesis o laminoplastia para el tratamiento de mielopatía cervical espondilótica con acompañamiento mínimo de 6 meses. Los parámetros radiográficos relacionados a la columna cervical evaluados fueron: Lordosis C0C2 (C0C2); Lordosis cervical (LC); Inclinación de T1 (IT1): Ángulo de entrada del tórax (AET), versión del cuello (VC); Eje sagital vertical cervical (ESVC); Diferencia entre IT1 y LC (IT1-LC).
Resultados
Se evaluaron 34 pacientes, siendo 23 hombres (68%). La edad promedio fue de 65 años (DP: ± 13). No hubo diferencia estadística en ninguno de los parámetros radiográficos preoperatorios. Considerando aisladamente a los pacientes sometidos a la laminectomía, se notó diferencia significativa C0-C2 (P = 0,045), ESVC (P = 0,0008), siendo observada diferencia entre los tiempos POI y POS (P = 0,026) y entre PRE y POS (P = 0,0013) y diferencia IT1 – LC (P = 0,0004) con diferencia entre POI y POS (P = 0,0076) y entre PRE y POS (0,001). Considerando aisladamente a los pacientes sometidos a laminoplastia, no hubo diferencia a lo largo del tiempo para ninguno de los parámetros radiográficos considerados. Comparándose con los parámetros radiográficos entre los grupos laminectomía y laminoplastia en los tres tiempos, no hubo diferencia significativa para ninguno de ellos.
Conclusiones
El estudio sugiere que los pacientes portadores de mielopatía cervical sometidos a laminectomía con instrumentación puedan presentar peor evolución radiográfica cuanto a la alineación sagital cervical a lo largo del tiempo cuando comparados a los pacientes sometidos a laminoplastia. Nivel de evidencia III; Serie de casos retrospectivos.