Artur Henrique Soares da Silva , Breno Teixeira Moreno
, Guilherme Zanini Rocha
, Pedro Augusto Rocha Torres
, Rodrigo Silva Loque
, Marcos Vinícios Roldão Porto
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120222201262526
Resumo:
Objetivo:
Avaliar a recuperação neurológica com um acompanhamento de 06 (seis) meses em
vítimas de fraturas torácicas e lombares submetidos a descompressão medular
em menos de 24 horas, entre 24 e 48 horas e em mais de 48 horas do
trauma.
Métodos:
Foram coletados dados relativos a pacientes atendidos em hospital público de
grande porte de Belo Horizonte, no período de 2014 e 2018, vítimas de TRM
que apresentavam déficits neurológicos no atendimento inicial, e a
recuperação neurológica apresentada.
Resultados:
Foram avaliados 41 pacientes vítimas de TRM, cuja idade média foi de 34 anos.
Observou-se predomínio de fraturas na coluna torácica (65.9% dos casos) e
classificadas como AO Spine tipo C (75%). Em relação a variável tempo cerca
de 68% dos pacientes foram submetidos a tratamento cirúrgico com mais de 48h
decorridas do trauma. Observou-se que tanto nos pacientes submetidos a
descompressão cirúrgica com menos de 24h quanto nos operados com mais de 48h
após o trauma houve discreta melhora neurológica no follow-up de 6 meses.
Não foi constatada, todavia, significância estatística. Cabe destacar ainda
que mesmo analisando o conjunto dos 41 pacientes do estudo, independente do
intervalo cirúrgico, não foi possível constatar melhora neurológica com
significância estatística na reavaliação de 6 meses.
Conclusão:
Nosso trabalho não conseguiu demonstrar diferenças significativas entre
aqueles pacientes operados precocemente em menos de 24 horas daqueles
operados em mais de 48 horas. Nível de evidência III; Estudo retrospectivo
comparativo.
ABSTRACT
Objective:
Evaluate the neurological recovery with a follow-up of 06 (six) months in
victims of thoracic and lumbar fractures who underwent spinal decompression
in less than 24 hours, between 24 and 48 hours, and more than 48 hours after
the trauma.
Methods:
Data were collected on patients seen at a large public hospital in Belo
Horizonte, between 2014 and 2018, who were victims of SCI who presented with
neurological deficits at initial care, and the neurological recovery
presented.
Results:
41 SCI patients were evaluated, whose mean age was 34 years. There was a
predominance of thoracic spine fractures (65.9% of the cases) and classified
as AO Spine type C (75%). Regarding the time variable, about 68% of the
patients were submitted to surgical treatment more than 48 hours after the
trauma. It was observed that both the patients submitted to surgical
decompression within less than 24 hours, and those operated on more than 48
hours after the trauma showed a slight neurological improvement at the
6-month follow-up. However, no statistical significance was found. It is
worth noting that even when analyzing the 41 patients of the study,
regardless of the surgical interval, it was impossible to observe a
statistically significant neurological improvement at the 6-month
follow-up.
Conclusion:
Our study could not demonstrate significant differences between those
patients who operated early in less than 24 hours and those who operated
after more than 48 hours.
Resumen:
Objetivo:
Evaluar la recuperación neurológica con un acompañamiento de 06 meses en
víctimas de fracturas torácicas y lumbares sometidos a la descompresión
medular en menos de 24 horas, entre 24 y 48 horas y en más de 48 horas del
trauma.
Métodos:
Se recogieron datos de pacientes atendidos en un gran hospital público de
Belo Horizonte, en el período de 2014 y 2018, víctimas de TRM que
presentaban déficits neurológicos en el atendimiento inicial y la
recuperación neurológica presentada.
Resultados:
Fueron evaluados 41 pacientes víctimas de TRM, cuya edad media fue de 34
años. Se ha observado una preponderancia de fracturas en la columna torácica
(65.9% de los casos) y clasificadas como AO Spine tipo C (75%). En relación
a la variable tiempo, un 68% de los pacientes fueron sometidos al
tratamiento quirúrgico con más de 48h transcurridas del trauma. Se ha
observado que tanto en los pacientes sometidos a la descompresión quirúrgica
con menos de 24 horas cuanto en los operados con más de 48h tras el trauma
hubo discreta mejora neurológica en “follow-up” de 6 meses. No fue
averiguada, sin embargo, significancia estadística. Conviene resaltar
todavía que, aunque analizando el conjunto de los 41 pacientes de estudio,
independiente del intervalo quirúrgico, no fue posible observar mejora
neurológica con significancia estadística en la revaluación de 6 meses.
Conclusión:
Nuestro trabajo no consiguió demostrar diferencias significativas entre
aquellos pacientes operados tempranamente en menos de 24 horas de aquellos
operados en más de 48 horas.