Coluna / Columna v.16, n.04 /2017

ARTIGO ORIGINAL

COMPLICAÇÕES MECÂNICAS E PERDA DE CORREÇÃO EM OSTEOTOMIAS DAS TRÊS COLUNAS


MECHANICAL COMPLICATIONS AND LOSS OF CORRECTION IN OSTEOTOMIES OF THE THREE COLUMNS


COMPLICACIONES MECÁNICAS Y PÉRDIDA DE CORRECCIÓN EN OSTEOTOMÍAS DE LAS TRES COLUMNAS


Marcelo Simoni Simões1 , Ernani Vianna de Abreu1 , Samuel Bamberg Pydd1


DOI: http://dx.doi.org/



RESUMO

Objetivos: Observar grau de correção e evolução pós-operatória dos parâmetros espinopélvicos em pacientes com desequilíbrio sagital submetidos a osteotomias das três colunas. Métodos: Análise retrospectiva de 20 casos de osteotomias das três colunas em pacientes com desequilíbrio sagital evidente e seguimento mínimo de um ano, computando evolução dos dados radiológicos em função do tempo, complicações e reintervenções e classificação em subgrupos pelas medidas espinopélvicas pré-operatórias e complicações. A variação das medidas, as variáveis quantitativas, categóricas e a diferença entre grupos foram avaliadas com os testes de Wilcoxon, Spearman, teste exato de Fischer, Kruskal-Wallis e Mann-Whitney. Resultados: Houve melhora de todos os parâmetros sagitais, correção ideal em 55% dos casos e mantidas até o fim do seguimento em 40% dos casos. Não foi demonstrada correlação entre obtenção de correção ideal e dados ou medidas pré-operatórias. Complicações clínicas e infecciosas não influenciaram a manutenção da correção. As complicações mecânicas mais comuns foram: fratura de haste relacionada com pseudoartrose na osteotomia (30%) e falhas no nível inferior da fixação (15%). Não houve diferença significativa na manutenção da correção entre os grupos sem e com complicações mecânicas tratadas. Nas complicações mecânicas não tratadas houve piora radiológica significativamente maior (p <0,05) nos parâmetros de manutenção da correção da curva (perda de 27,5 ± 14,39o contra 3,69 ± 3,68o) e aumento da versão pélvica (VP) (aumento de 12,25 ± 7,27o contra 1,13 ± 1,93o). Conclusão: A correção perfeita foi obtida em 55% dos casos e a perda significativa de correção ocorreu apenas nos casos de complicações mecânicas não tratadas.


Palavras-chave: Coluna vertebral,Osteotomia,Complicações pós-operatórias

ABSTRACT

Objectives: To observe the degree of correction and postoperative evolution of the spinopelvic parameters in patients with sagittal imbalance submitted to 3-column osteotomies. Methods: Retrospective analysis of 20 cases of 3-column osteotomies in patients with evident sagittal imbalance and minimum follow-up of one year, computing evolution of radiological data as a function of time, complications and reinterventions, and classification into subgroups by preoperative spinopelvic measures and complications. The variation of measures, quantitative and categorical variables, and differences between groups were evaluated using the Wilcoxon, Spearman, Fischer’s exact test, Kruskal-Wallis and Mann-Whitney tests. Results: There was improvement of all the sagittal parameters, ideal correction in 55% of the cases and maintained until the end of the follow-up in 40% of the cases. No correlation was found between obtaining optimal correction and data or preoperative measurements. Clinical and infectious complications did not affect the maintenance of the correction. The most common mechanical complications were pseudoarthrosis-related rod fracture at osteotomy (30%) and failures at the lower fixation level (15%). There was no significant difference in the maintenance of the correction between the groups with and without mechanical complications treated. In the untreated mechanical complications there was a significantly higher radiological worsening (p<0.05) in the maintenance parameters of the curve correction (loss of 27.5 ± 14.39o vs. 3.69 ± 3.68o) and increased pelvic tilt (PT) (increase of 12.25 ± 7.27o vs. 1.13 ± 1.93o). Conclusion: The perfect correction was obtained in 55% of cases and the significant loss of correction occurred only in cases of untreated mechanical complications.


Keywords: Spine,Osteotomy,Postoperative complications

Resumen

Objetivos: Observar el grado de corrección y la evolución post-operatoria de los parámetros espinopélvicos en pacientes con desequilibrio sagital sometidos a osteotomías de las tres columnas. Métodos: Análisis retrospectivo de 20 casos de osteotomías de las tres columnas en pacientes con desequilibrio sagital evidente y seguimiento mínimo de un año, computando evolución de los datos radiológicos en función del tiempo, complicaciones y reintervenciones y clasificación en subgrupos por las medidas espinopélvicas preoperatorias y complicaciones. La variación de las medidas, las variables cuantitativas, categóricas y la diferencia entre grupos fueron evaluadas con las pruebas de Wilcoxon, Spearman, prueba exacta de Fischer, Kruskal-Wallis y Mann-Whitney. Resultados: Hubo mejora de todos los parámetros sagitales, corrección ideal en 55% de los casos y mantenidos hasta el final del seguimiento en 40% de los casos. No se ha demostrado correlación entre obtención de corrección ideal y datos o medidas preoperatorias. Las complicaciones clínicas e infecciosas no afectaron el mantenimiento de la corrección. Las complicaciones mecánicas más comunes fueron: fractura del vástago relacionada con pseudoartrosis en la osteotomía (30%) y fallas en el nivel inferior de la fijación (15%). No hubo diferencia significativa en el mantenimiento de la corrección entre los grupos sin y con complicaciones mecánicas tratadas. En las complicaciones mecánicas no tratadas hubo un empeoramiento radiológico significativamente mayor (p < 0,05) en los parámetros de mantenimiento de la corrección de la curva (pérdida de 27,5 ± 14,39o contra 3,69 ± 3,68o) y aumento de la versión pélvica (VP) (aumento de 12,25 ± 7,27 contra 1,13 ± 1,93o). Conclusión: La corrección perfecta fue obtenida en el 55% de los casos y la pérdida significativa de corrección ocurrió sólo en los casos de complicaciones mecánicas no tratadas.


Palavras-chave: Columna vertebral,Osteotomía,Complicaciones posoperatorias






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