DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120181704201843
RESUMO
Objetivo:
Os tratamentos cirúrgicos tradicionais, como a fusão no local e o hemiepifisiodese, não abordam a deformidade torácica em suas três dimensões e, em geral, revelam-se insuficientes e imprevisíveis para o tratamento da escoliose congênita e neuromuscular. A aplicação de Rib Vertical de Titânio Protético Expansível (VEPTR) é uma técnica desenvolvida para tratar a escoliose progressiva de início precoce, que alonga a parede da coluna e do tórax, permitindo um desenvolvimento pulmonar adequado.
Métodos:
Foi realizado um estudo retrospectivo de série de casos. Foram incluídos 23 pacientes, incluindo quinze mulheres e oito homens diagnosticados com escoliose congênita e neuromuscular, que foram tratados com implantes do tipo VEPTR entre janeiro de 2008 e maio de 2014. Foram obtidos dados sobre o implante; imagens radiográficas pré e pós-operatórias para avaliar a magnitude da curva e medimos o ângulo de Cobb e o comprimento após o alongamento, assim como avaliamos as complicações encontradas.
Resultados:
Melhora no ângulo pós-operatório de Cobb. Nos pacientes com escoliose congênita, a correção da deformidade foi de 8,6% (p = 0,014), e na escoliose neuromuscular observamos uma correção da deformidade de 19,5% (p = 0,009). Da mesma forma, encontramos ganhos na altura torácica através do dispositivo, o que resulta em uma média de 10% de alongamento da coluna vertebral na escoliose congênita. Neste estudo, identificamos complicações como migração de material, sinostose de costelas, zonas de pressão, fratura de costela, hemotórax e infecção profunda da ferida.
Conclusão:
A história natural da deformidade da coluna vertebral progressiva melhorou na maioria dos menores, através do uso de VEPTR. Isso nos permite continuar administrando pacientes no futuro, a fim de fazer uma avaliação mais profunda de seu desempenho no tratamento da escoliose de início precoce.
ABSTRACT
Objective:
Traditional surgical treatments, such as on-site fusion and hemiepiphysiodesis, have not addressed chest deformity in its three dimensions, and are usually insufficient and unpredictable for the management of congenital and neuromuscular scoliosis. The application of the Vertical Expandable Prosthetic Titanium Rib (VEPTR) is a technique developed to treat early-onset progressive scoliosis that elongates the spine and thoracic wall, allowing adequate lung development.
Methods:
A case series retrospective study was conducted. We included 23 patients, including fifteen females and eight males diagnosed with congenital and neuromuscular scoliosis, who were treated with VEPTR type implants between January 2008 and May 2014. We obtained data about the implant and pre and postoperative radiographic images to assess the magnitude of the curve, and we measured the Cobb angle and length after lengthening, as well as evaluating the complications found.
Results:
There was an improvement in the postoperative Cobb angle. In patients with congenital scoliosis, deformity correction was 8.6% (p=0.014), and in neuromuscular scoliosis, we observed deformity correction of 19.5% (p=0.009). Likewise, we found gains in thoracic height through the device, which results in an average 10% lengthening of the spine in congenital scoliosis. In this study, we identified complications such as material migrations, rib synostosis, pressure zones, rib fracture, hemothorax, and deep wound infection.
Conclusion:
The natural history of progressive spinal deformity was improved in most of the minors, through the use of VEPTR. This allows us to continue managing patients in the future, in order to make a deeper assessment of its performance in treatment of early onset scoliosis.
Resumen
Objetivo:
Los tratamientos quirúrgicos tradicionales, como la fusión in situ y la hemiepifisiodesis no abordan la deformidad torácica en sus tres dimensiones y, en general, resultan insuficientes e impredecibles para el tratamiento de la escoliosis congénita y neuromuscular. El uso del sistema VEPTR (prótesis vertical expansible de titanio) es una técnica desarrollada para tratar la escoliosis progresiva de inicio temprano alargando la pared de la columna y del tórax, que permite el desarrollo pulmonar adecuado.
Métodos:
Se realizó un estudio retrospectivo de serie de casos. Se incluyeron 23 pacientes, quince mujeres y ocho hombres con diagnóstico de escoliosis congénita y neuromuscular, tratados con implante tipo VEPTR entre enero de 2008 y mayo de 2014. Se obtuvieron datos sobre el implante e imágenes radiográficas pre y posoperatorias para evaluar la magnitud de la curva, y se midieron el ángulo de Cobb y la longitud luego del alargamiento, así como evaluamos complicaciones encontradas.
Resultados:
Se demostró mejoría en el ángulo de Cobb postoperatorio. En los pacientes con escoliosis congénita, la corrección de la deformidad fue del 8,6% (p = 0,014) y en la escoliosis neuromuscular, observamos corrección del 19,5% (p = 0,009). De la misma forma, encontramos aumentos en la altura torácica con el dispositivo, lo que resulta en un alargamiento promedio del 10% de la columna vertebral en escoliosis congénita. En este estudio, identificamos complicaciones como migración de material, sinostosis de costillas, zonas de presión, fractura de costillas, hemotórax e infección profunda de la herida.
Conclusión:
La historia natural de la deformidad progresiva de la columna vertebral mejoró en la mayoría de los niños con el uso del VEPTR. Esto nos permite seguir tratando pacientes en el futuro, a fin de hacer una evaluación más profunda de su desempeño en el tratamiento de la escoliosis de inicio temprano.