DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120222201262409
Resumo:
Objetivos:
Avaliar a confiabilidade e reprodutibilidade da mensuração da cifose nas
fraturas traumáticas da coluna toracolombar por diferentes métodos de
avaliação nos diferentes tipos de fraturas.
Métodos:
Foram avaliadas 15 fraturas na coluna toracolombar previamente classificadas
em tipo A, B e C de acordo com a classificação de Magerl. Em cada caso, foi
medido o valor da cifose através de cinco diferentes métodos: (1) ângulo de
Cobb; (2) método de Gardner; (3) método das paredes posteriores; (4) ângulo
das placas terminais adjacentes; e (5) ângulo de cunha. As mensurações foram
realizadas por cinco avaliadores independentes e repetidas cinco vezes com
intervalo mínimo de duas semanas entre cada avaliação.
Resultados:
A confiabilidade intraobservador mostrou-se excelente entre os cinco
avaliadores, evidenciando boa reprodutibilidade dos métodos. Os cinco
métodos utilizados também apresentaram grande confiabilidade intraobservador
na análise global, sendo mais consistentes o método 1 e o método 4.
Conclusão:
Apesar de não haver concordância universal em como medir a cifose nas
fraturas toracolombares, nosso estudo concluiu que o método 1 (ângulo de
Cobb) e o método 4 (ângulo das placas terminais adjacentes) apresentaram as
melhores confiabilidades interobservadores. Além disso, o uso de
radiografias digitalizadas e um programa computadorizado simples permitiram
a realização de medidas altamente confiáveis e reprodutíveis por todos os
métodos, visto pela elevada confiabilidade intraobservador.
ABSTRACT
Objectives:
Evaluate the reliability and reproducibility of the kyphosis measurement in
thoracolumbar spine traumatic fractures by different assessment methods in
different types of fractures.
Methods:
Fifteen fractures of the thoracolumbar spine, previously classified into
types A, B, and C according to Magerl’s classification, were evaluated. The
value of kyphosis was measured using five different methods: (1) Cobb angle;
(2) Gardner’s method; (3) back wall method; (4) angle of adjacent endplates;
and (5) wedge angle. The measurements were performed by five independent
observers and repeated five times with a minimum interval of two weeks
between each evaluation.
Results:
Intraobserver reliability was excellent among the five observers, evidencing
good reproducibility of the methods. The five methods used also showed great
intraobserver reliability in the global analysis, with methods one and four
being more consistent.
Conclusion:
Although there is no universal agreement on measuring kyphosis in
thoracolumbar fractures, our study concluded that method 1 (Cobb angle) and
method 4 (adjacent endplate angle) presented the best interobserver
reliabilities. Furthermore, the use of digitized radiographs and a simple
computer program allowed the performance of highly reliable and reproducible
measurements by all methods, given the high intraobserver reliability.
Resumen:
Objetivos:
Evaluar la fiabilidad y reproducibilidad de mensuración de cifosis en
fracturas traumáticas de la columna toracolumbar por diferentes métodos de
valoración en diferentes tipos de fracturas.
Métodos:
Se evaluaron quince fracturas de columna toracolumbar, previamente
clasificadas en los tipos A, B y C según la clasificación de Magerl. En cada
caso, el valor de la cifosis se midió utilizando cinco métodos diferentes:
(1) ángulo de Cobb; (2) método de Gardner; (3) método de la pared posterior;
(4) ángulo de placas de extremo adyacentes; y (5) ángulo de cuña. Las
mediciones fueron realizadas por cinco evaluadores independientes y
repetidas cinco veces con un intervalo mínimo de dos semanas entre cada
evaluación.
Resultados:
La confiabilidad intraobservador fue excelente entre los cinco evaluadores,
evidenciando una buena reproducibilidad de los métodos. Los cinco métodos
utilizados también mostraron una gran fiabilidad intraobservador en el
análisis global, siendo el método 1 y el método 4 más consistentes.
Conclusión:
Aunque no existe un acuerdo universal sobre cómo medir la cifosis en las
fracturas toracolumbares, nuestro estudio concluyó que el método 1 (ángulo
de Cobb) y el método 4 (ángulo de la placa terminal adyacente) presentaron
las mejores confiabilidades entre observadores. Además, el uso de
radiografías digitalizadas y un programa informático simple permitieron
realizar mediciones altamente fiables y reproducibles por todos los métodos,
dada la alta fiabilidad intraobservador.