Coluna / Columna v.24, n.3 /2025

PERFIL EPIDEMIOLóGICO DAS BIóPSIAS TUMORAIS DA COLUNA VERTEBRAL EM UM CENTRO DE REFERêNCIA: RESULTADOS DE UMA DéCADA


Epidemiological profile of spinal tumor biopsies at a referral center: results over a decade


PERFIL EPIDEMIOLóGICO DE LAS BIOPSIAS TUMORALES DE LA COLUMNA VERTEBRAL EN UN CENTRO DE REFERENCIA: RESULTADOS DURANTE UNA DéCADA


DAVI SOéJIMA CORREIA RAMALHO , LUCAS ROCHA CAVALCANTI , ANTôNIO VINICIUS DA SILVA GONçALVES DA ROCHA , ALDERICO GIRãO CAMPOS DE BARROS , LUíS E. CARELLI


DOI: http://dx.doi.org/01501



RESUMO

Objetivo:
Definir o perfil epidemiológico dos tumores da coluna diagnosticados por biópsia percutânea em um hospital brasileiro de referência entre 2015 e 2025.

Métodos:
Estudo transversal descritivo baseado em um banco de dados prospectivo de biópsias de coluna vertebral realizadas entre 2015 e 2025. Foram incluídos pacientes com diagnóstico histopatológico de tumores benignos, malignos ou pseudotumorais. Excluíram-se os casos com diagnóstico infeccioso. As biópsias foram feitas por via percutânea com agulha de Jamshidi, guiadas por fluoroscopia. Foram avaliados: sexo, idade, diagnóstico histopatológico e localização da lesão.

Resultados:
Total analisado: 195 pacientes (após exclusão de 26 com infecção). Predomínio feminino: 55,8%. Faixa etária predominante: 18 a 65 anos (66,1%). Lesões benignas: 6,1% (mais comuns: cisto ósseo aneurismático e hemangioma). Lesões malignas: 40,5% (sendo 44% metástases e 32% mieloma múltiplo). Lesões pseudotumorais: 7,1% (ex: doença de Paget, SAPHO, osteonecrose). Laudos inconclusivos/negativos: 46,3%. Topografia predominante: sacro, seguido da coluna lombar (sobretudo L4). Distribuição das malignas: predomínio lombossacro; benignas, na região torácica.

Conclusões:
As lesões malignas são as mais prevalentes entre os tumores da coluna vertebral, destacando-se metástases e mieloma múltiplo. Lesões benignas são menos frequentes, com predominância de cistos ósseos aneurismáticos. O alto número de laudos inconclusivos alerta para limitações das técnicas percutâneas. A presença de lesões pseudotumorais reforça a importância da biópsia para diagnóstico diferencial. Nível de Evidência IV; Série de Casos.


Palavras-chave: Neoplasias da Coluna Vertebral,Biópsia por Agulha,Metástase Neoplásica,Mieloma Múltiplo,Epidemiologia,Fluoroscopia.

ABSTRACT

Objective:
Define the epidemiological profile of spinal tumors diagnosed by percutaneous biopsy over the past ten years in a Brazilian referral center.

Methods:
This was a cross-sectional, descriptive study based on a prospective database of patients who underwent spinal biopsies between 2015 and 2025. Inclusion criteria were histopathological diagnoses of benign, malignant, or pseudotumoral spinal lesions. Cases of infection were excluded. Biopsies were performed percutaneously using Jamshidi needles under fluoroscopic guidance. Variables analyzed included sex, age, histopathology, and lesion location.

Results:
Total analyzed: 195 patients (after excluding 26 with infections). Female predominance: 55.8%. Age range: 18 to 65 years (66.1%). Benign lesions: 6.1% (most common: aneurysmal bone cyst and hemangioma). Malignant lesions: 40.5% (44% metastases and 32% multiple myeloma). Pseudotumoral lesions: 7.1% (e.g., Paget’s disease, SAPHO, osteonecrosis). Inconclusive/negative

results:
46.3%. Most affected area: sacrum, followed by the lumbar spine (especially L4). Malignant lesions: mostly lumbosacral; benign lesions: mostly thoracic.

Conclusion:
Malignant spinal lesions are more frequent than benign ones, with metastases and myeloma being the most prevalent. The high number of inconclusive biopsies highlights the limitations of percutaneous techniques. Pseudotumoral lesions underscore the importance of biopsy in differential diagnosis.


Keywords: Spinal Neoplasms,Biopsy,Needle,Neoplasm Metastasis,Multiple Myeloma,Epidemiology,Fluoroscopy.

Resumen

Objetivo:
Definir el perfil epidemiológico de los tumores de la columna vertebral diagnosticados mediante biopsia percutánea en un hospital brasileño de referencia entre 2015 y 2025.

Métodos:
Estudio transversal descriptivo basado en una base de datos prospectiva de biopsias de columna vertebral realizadas entre 2015 y 2025. Se incluyeron pacientes con diagnóstico histopatológico de tumores benignos, malignos o pseudotumorales. Se excluyeron los casos con diagnóstico infeccioso. Las biopsias se realizaron por vía percutánea con aguja de Jamshidi, guiadas por fluoroscopía. Se evaluaron: sexo, edad, diagnóstico histopatológico y localización de la lesión.

Resultados:
Total analizado: 195 pacientes (tras excluir 26 con infección). Predominio femenino: 55,8%. Grupo etario predominante: entre 18 y 65 años (66,1%). Lesiones benignas: 6,1% (las más comunes: quiste óseo aneurismático y hemangioma). Lesiones malignas: 40,5% (de las cuales 44% fueron metástasis y 32% mieloma múltiple). Lesiones pseudotumorales: 7,1% (ejemplos: enfermedad de Paget, SAPHO, osteonecrosis). Resultados inconclusos/negativos: 46,3%. Topografía predominante: sacro, seguido de columna lumbar (especialmente L4). Distribución de las malignas: predominio lumbosacro; benignas: en región torácica.

Conclusiones:
Las lesiones malignas son las más prevalentes entre los tumores de la columna vertebral, destacándose las metástasis y el mieloma múltiple. Las lesiones benignas son menos frecuentes, con predominancia de quistes óseos aneurismáticos. El alto número de resultados inconclusos alerta sobre las limitaciones de las técnicas percutáneas. La presencia de lesiones pseudotumorales refuerza la importancia de la biopsia para el diagnóstico diferencial. Nivel de Evidencia IV; Serie de casos.


Palavras-chave: Neoplasias de la Columna Vertebral,Biopsia con Aguja,Metástasis de la Neoplasia,Mieloma Múltiple,Epidemiología,Fluoroscopía.






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