DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120242301273107
Resumo:
Objetivo:
Comparar os pacientes que realizaram artrodese cervical anterior associada ao
uso de enxerto autólogo de crista ilíaca e os que utilizaram enxerto
sintético.
Métodos:
Análise de 38 pacientes entre 18 e 100 anos com espondilose cervical anterior
de nível 1 ou 2 em um serviço de cirurgia da coluna.
Inclusão:
alterações degenerativas da coluna cervical, associado a cervicalgia e/ou
cervicobraquialgia.
Excluídos:
cirurgias de coluna cervical prévia, fraturas ou cirurgia acima de 2 níveis.
Foram formados 2 grupos com 19 pacientes cada, sendo num deles utilizado
enxerto autólogo e, no outro, sintético fosfato tricálcico. Foi aplicado o
questionário para avaliação de satisfação (Oswestry e EVA) pré e
pós-operatória. Consolidação óssea foi avaliada por tomografia no nono
mês.
Resultados:
O ODI médio do Grupo 1 apresentou 68,5% ± 4,6% na avaliação pré-operatória e
27,2%±3,8% no pós, sendo estatisticamente relevante (p<0,001). EVA
realizada para avaliar a região cervical, o Grupo 1 no pré e pós foi
considerada estatisticamente relevante (p<0,001). Não foi observada
diferença relevante quando comparando os valores médios encontrados no
pós-operatório entre o Grupo 1 e o Grupo 2 (p=0,463). Apenas 2 pacientes com
queixa de dor crônica, representando 10% do total. Tomografia de 9 meses,
100% dos pacientes do Grupo 1 e 100% do Grupo 2 apresentaram consolidação
óssea, não tendo diferença estatisticamente relevante (p=0,676) entre os
grupos.
Conclusão:
Foram observados resultados funcionais e de osteointegração similares em
ambos enxertos. O enxerto sintético minimiza riscos e complicações do uso de
aloenxertos.
ABSTRACT
Objective:
To compare patients who underwent anterior cervical arthrodesis with
autologous iliac crest graft and those who used synthetic graft.
Methods:
Analysis of 38 patients aged between 18 and 100 years with anterior cervical
spondylosis of 1 or 2 levels in a spine surgery service.
Results:
degenerative cervical spine changes associated with cervicalgia and
cervicobrachialgia.
Excluded:
previous cervical spine surgeries, fractures, or surgery above two levels.
Two groups were formed with 19 patients, one using autologous graft and the
other using synthetic tricalcium phosphate - a questionnaire assessed
satisfaction (Oswestry and VAS) pre- and postoperatively. Bone consolidation
was evaluated by tomography at nine months.
Results:
Mean ODI (Group 1) was 68.5% ± 4.6% preoperatively and 27.2% ± 3.8%
postoperatively, being statistically relevant (p<0.001). VAS performed to
evaluate the cervical region, Group 1 pre and post-op was considered
statistically relevant (p<0.001). No significant difference was observed
when comparing the mean values found in the postoperative period between
Group 1 and Group 2 (p=0.463). Only two patients complained of chronic pain,
representing 10% of the total. In nine-month tomography, 100% of patients in
Group 1 and 100% of Group 2 showed bone consolidation, with no statistically
relevant difference (p=0.676) between the groups.
Conclusion:
Similar functional and osteointegration outcomes were observed in both types
of grafts. Synthetic graft minimizes the risks and complications of using
allografts.
Resumen:
Objetivo:
Comparar los pacientes sometidos a artrodesis cervical anterior asociada al
uso de un injerto autólogo de cresta ilíaca y los que utilizaron un injerto
sintético.
Métodos:
Se analizaron 38 pacientes de entre 18 y 100 años con espondilosis cervical
anterior de nivel 1 o 2 en un servicio de cirugía de la columna vertebral.
Criterios de inclusión: cambios degenerativos en la columna cervical,
asociados a cervicalgia y/o cervicobraquialgia.
Excluidos:
cirugía previa de la columna cervical, fracturas o cirugía por encima de 2
niveles. Se formaron dos grupos de 19 pacientes cada uno, en uno se utilizó
un injerto autólogo y en el otro un injerto sintético de fosfato tricálcico.
Se utilizó un cuestionario de satisfacción pre y postoperatorio (Oswestry y
EVA). La consolidación ósea se evaluó mediante tomografía computarizada al
noveno mes.
Resultados:
La media del ODI del Grupo 1 fue del 68,5% ± 4,6% en la valoración
preoperatoria y del 27,2%±3,8% en la valoración postoperatoria, siendo
estadísticamente relevante (p<0,001). La EVA realizada para valorar la
región cervical en el Grupo 1 pre y post se consideró estadísticamente
significativa (p<0,001). No se observaron diferencias relevantes al
comparar los valores medios encontrados en el postoperatorio entre el Grupo
1 y el Grupo 2 (p=0,463). Sólo 2 pacientes se quejaron de dolor crónico, lo
que representa el 10% del total. A los 9 meses, el 100% de los pacientes del
Grupo 1 y el 100% del Grupo 2 presentaban cicatrización ósea, sin
diferencias estadísticamente significativas (p=0,676) entre los grupos.
Conclusión:
Se observaron resultados funcionales y de osteointegración similares con
ambos injertos. El injerto sintético minimiza los riesgos y complicaciones
del uso de aloinjertos.