DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1808-185120222202270405
Resumo:
Introdução:
A aracnoidite ossificante (AO) na coluna vertebral é uma entidade rara
caracterizada por calcificação progressiva do saco aracnóideo e dural, com
consequente envolvimento neurológico.
Objetivo:
revisar as causas, manifestações clínicas e estudos complementares para o seu
correto diagnóstico.
Método:
Revisão sistemática sob as diretrizes do PRISMA, com busca no Pubmed, Lilacs
e Embase. Foram coletados dados demográficos dos pacientes (sexo e idade),
história relatada como causa de AO e tempo decorrido entre a causa e o
diagnóstico de AO, manifestações clínicas e estudos complementares
utilizados para o diagnóstico.
Resultados:
38 artigos, dos quais foram coletados 46 pacientes (25 mulheres, 21 homens),
com idade média de 52 anos. A causa mais frequente foi cirurgia prévia da
coluna vertebral e mielografia com contraste lipossolúvel. Os sintomas mais
frequentes foram comprometimento da força muscular (74%) e dor (69%). A TC
foi utilizada em 76%. A localização mais frequente foi torácica (35%).
Conclusões:
Sua patogênese não é clara, é descrita como a causa final de um processo
inflamatório crônico na aracnoide com a consequente metaplasia óssea. O
diagnóstico é geralmente precedido por um longo período de dor acompanhado
por sintomas neurológicos progressivos. O estudo complementar mais sensível
e específico para o seu diagnóstico é a tomografia sem contraste, que deve
ser solicitada em caso de suspeita clínica.
ABSTRACT
Introduction:
Arachnoiditis ossificans (AO) in the spine is a rare entity characterized by
progressive calcification of the arachnoid and dural sac, with consequent
neurological involvement.
Objective:
Review the causes, clinical manifestations, and complementary studies for
their correct diagnosis.
Method:
Systematic review under PRISMA guidelines, with search in Pubmed, Lilacs, and
Embase. Patient demographics (sex and age), history reported as a cause of
AO and time elapsed between cause and diagnosis of AO, clinical
manifestations, and complementary studies used for diagnosis were
collected.
Results:
38 articles, of which we collected 46 patients (25 women, 21 men), mean age
of 52 years. The most frequent cause was previous spine surgery and
myelography with fat-soluble contrast. The most frequent symptoms were
insufficient muscle strength (74%) and pain (69%). CT was used in 76%. The
most frequent location was thoracic (35%).
Conclusion:
Its pathogenesis is unclear; described as the final cause of a chronic
inflammatory process in the arachnoid with the consequent bone metaplasia.
Diagnosis usually precedes a long period of pain and progressive
neurological symptoms. The most sensitive and specific complementary study
for the diagnosis is the tomography without contrast, which should be
requested in case of clinical suspicion.
Resumen:
Introducción:
La aracnoiditis osificante (AO) en la columna vertebral es una entidad rara
que se caracteriza por la calcificación progresiva de la aracnoides y el
saco dural, con la consecuente afectación neurológica.
Objetivo:
revisar las causas, manifestaciones clínicas y los estudios complementarios
para su correcto diagnóstico.
Método:
Revisión sistemática bajo las directrices PRISMA, con búsqueda en Pubmed,
Lilacs y Embase. Se recolectaron los datos demográficos de los pacientes
(sexo y edad), el antecedente reportado como causa de AO y el tiempo
transcurrido entre causa y el diagnóstico de AO, las manifestaciones
clínicas y los estudios complementarios utilizados para el diagnóstico.
Resultados:
38 artículos, de los cuales recolectamos 46 pacientes (25 mujeres, 21
hombres), promedio de edad 52 años. La causa más frecuente fue la cirugía
previa de columna vertebral y la mielografía con contraste liposoluble Los
síntomas más frecuentes fueron la alteración de la fuerza muscular (74%) y
dolor (69%). Se utilizó TC en un 76%. La ubicación más frecuente fue
torácica (35%).
Conclusiones:
Su patogenia no es clara, se describe como causa final de un proceso
inflamatorio crónico en la aracnoides con la consecuente metaplasia ósea. El
diagnóstico generalmente se precede de un largo periodo de dolor acompañado
de síntomas neurológicos progresivos. El estudio complementario más sensible
y específico para su diagnóstico es la tomografía sin contraste, que debe
ser solicitado ante la sospecha clínica.